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Jornalista diz que Bin Laden estava morto antes de ataque dos EUA

O jornalista Jamal Ismail, especializado em cobrir as ações de Osama bin Laden, declarou nesta sexta-feira à agência de notícias estatal da Itália, a ANSA, que o ex-chefe da al-Qaida teria morrido dias antes da ação militar norte-americana de domingo em decorrência de uma doença. A informação foi dada no mesmo dia em que a rede teria confirmado publicamente a morte de seu líder.

Ismail, que chegou a entrevistar Bin Laden em 1984, em Peshawar, e em 2000, em Kandahar, disse que soube da informação por meio de um médico pessoal do saudita.

O jornalista atestou que, há alguns dias, havia alertado que o governo dos Estados Unidos realizaria uma "encenação" para não aceitar publicamente que Bin Laden morreu sem ter sido capturado, enquanto milhares de militares norte-americanos estão no Afeganistão em sua busca.

Segundo Ismail, a versão norte-americana de que o líder da al-Qaida morava há anos no Paquistão seria uma forma de demonstrar que a rede terrorista também atuava nesse país.

Porém, questionado sobre o local onde faleceu Bin Laden, o jornalista respondeu de forma evasiva: "Não em minha casa", disse.

A versão de Ismail aparece no mesmo dia em que a al-Qaida assumiu publicamente que seu líder faleceu, mas sem explicar as circunstâncias. A informação foi divulgada pela organização norte-americana SITE Intelligence, que monitora sites islâmicos. De acordo com o órgão, um comunicado da rede circulou em alguns portais "extremistas".

De acordo com a rede televisiva árabe al-Jazira, "em 6 de maio de 2011, a al-Qaida divulgou um comunicado em sites jihadistas confirmando a morte de seu líder, Osama bin Laden".

O grupo terrorista afirmou na mensagem que a morte de seu líder foi "uma desgraça" para os Estados Unidos, referindo-se a supostas represálias que o país venha a sofrer, e avisou que continuará a operar ataques contra interesses ocidentais.

O grupo ainda fez um chamado para que os paquistaneses se rebelem contra seu governo para "purificar" seu país, dada a "vergonha" das intervenções militares norte-americanas na região.

O suposto comunicado da al-Qaida também faz referência a uma mensagem de áudio gravada por Bin Laden dias antes de sua morte.

Fonte: ANSA