Quartim de Moraes vai à USP abordar pensamento marxista no Brasil

No último dia 12 de maio o professor João Quartim de Moraes esteve na Universidade de São Paulo (USP), onde fez uma exposição sobre a história do pensamento marxista no Brasil para cerca de 40 acadêmicos, entre graduandos e pós-graduandos.

O evento, que superou as expectativas, foi uma parceria entre a Fundação Maurício Grabois e o núcleo da União da Juventude Socialista na USP e inaugurou um ciclo de debates mensais na universidade cujo eixo será o pensamento marxista.

A proposta é que a cada segunda quinta-feira do mês um intelectual do campo marxista exponha sobre aspectos das obras de Marx-Engels e do desenvolvimento do pensamento marxista posterior em seminários não muito longos, com cerca de 1h30 de duração.

Na estreia, o professor de filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp (IFCH), membro do Centro de Estudos Marxistas (Cemax) da mesma universidade e editor da Coleção História do Pensamento Marxista no Brasil, Quartim de Moraes, explanou sobre a origem do marxismo no Brasil, desde a esquerda militar até a entrada do marxismo nas universidades, já durante o período militar, passando pelas organizações de esquerda de combate ao regime.

Promovida por militantes comunistas, a iniciativa foi prestigiada com a presença do secretário Municipal de Organização do PCdoB da Capital, Vandré Fernandes, e Lúcia Stumpf, secretária Nacional de Movimentos Sociais do PCdoB e estudante de pós-graduação na universidade.

A iniciativa visa levar o debate marxista com regularidade a uma das maiores universidades da América Latina, e onde, em que pese em volume de produção acadêmica, o marxismo esteja enfraquecido. O interesse em relação ao tema fica evidente a cada atividade.

Atentas a isso, a FMG e a UJS iniciaram o ciclo de debates que deverá durar, inicialmente, até o final do ano, mas com possibilidade de prorrogação. Com isso, se criarão as condições para atrair em torno da FMG e da UJS acadêmicos e estudiosos interessados na promoção do pensamento marxista e, desta forma, fortalecer o campo progressista na USP, na batalha de ideias e nos movimentos sociais.

Da redação do Vermelho-SP