Cubanos poderão trabalhar nas 178 áreas da iniciativa privada
O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, autorizou a contratação de trabalhadores em todas as atividades do setor privado. Segundo ele, o objetivo é dar continuidade à flexibilização nas atividades autônomas.
Publicado 17/05/2011 11:53
A ampliação das oportunidades de iniciativa privada é uma das principais medidas do plano de reformas de Raúl. Desde o ano passado, o governo cubano promove mudanças na economia interna na busca de vencer as dificuldades causadas pelo bloqueio imposto pelos Estados Unidos após a Revolução Cubana, em 1959.
Antes dessa decisão de Raúl, a contratação de mão de obra só era permitida a 83 das 178 atividades que o setor privado desenvolve no país. O governo distribuiu, desde outubro, cerca de 180 mil novas licenças a empresas para o exercício de atividades no setor privado. A economia cubana é dominada pelo Estado, que, segundo dados de 2009, emprega cerca de 85% da força de trabalho do país.
No ano passado, o governo anunciou o corte de 500 mil funcionários públicos e o estímulo para que eles passem a integrar atividades de iniciativa privada. Segundo a televisão estatal de Cuba, a Cubavision, o presidente afirmou que essas mudanças trabalhistas “requerem tempo” e garantiu que “nenhum cubano ficará desamparado”.
No último dia 14, o governo cubano discutiu a criação da zona especial de desenvolvimento do porto de Muriel, por meio de investimentos oriundos do Brasil. O objetivo é transformar o local em uma base marítima portuária moderna que se transforme em portas de Cuba ao mundo.
Da Redação, com informações da Agência Lusa