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Argentina alerta sobre "situação preocupante no Atlântico Sul"

A Argentina advertiu, nesta quarta-feira (8), sobre a situação preocupante no Atlântico Sul, devido a atividades unilaterais e exercícios militares por parte do Reino Unido. O caso foi apresentado pelo ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timmerman, durante a 41ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em São Salvador.

Na reunião de ontem foi aprovada uma resolução sobre a necessidade de ambas as partes retomarem as negociações o mais rapidamente possível, para encontrar uma solução pacífica para a disputa de soberania sobre as Ilhas Malvinas.

Timmerman disse que o Reino Unido realiza, unilateralmente, explorações sobre recursos naturais não-renováveis das ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul e os espaços marítimos circundantes.

Argumentou que, em outro ato que contradiz o espírito das resoluções das Nações Unidas, Londres estabelece instalações de petróleo na plataforma continental argentina.

"Esta postura britânica é parte do espírito colonial com o qual (o Reino Unido) desenvolve sua atividade no Atlântico Sul", disse ele. O chanceler argentino afirmou que tais ações unilaterais "somam-se ao insulto de uma crescente presença militar das Forças Armadas britânicas, que converteu as Ilhas Malvinas em uma fortaleza, cujo objetivo não está claro."

Ele disse que a isto se associa a realização de exercícios militares, que incluem lançamento de mísseis há muitos anos, de acordo com relatórios britânicos.

Segundo ele, "ao antes exposto, não é alheio o tom agressivo e belicoso que se tem podido perceber por parte do governo britânico, que não deixa de inquietar, ao converter-se em uma ameaça velada ao continente como um todo"

Timmeman confirmou que a Argentina continuará a buscar uma solução para a disputa de soberania através de negociações sérias, com base na boa-fé. Essa aspiração argentina foi apoiada pelos países do continente em seus discursos relacionados com a resolução da disputa sobre as ilhas Malvinas.

Fonte: Prensa Latina