Presidente da UEE AM conta sua trajetória no movimento estudantil

Beatriz Calheiro, 21, está concluindo o 7º semestre do curso de História na Universidade Federal do Amazonas. Eleita no mês de maio durante 5º Congresso da UEE AM para dirigir a entidade, a jovem encontrou um tempo entre a Companhia de Teatro do qual faz parte, a participação do Centro Acadêmico (do qual também é presidente) e a faculdade para contar um pouco de sua história ao site oficial da UNE.

“Minha prima e meus irmãos, foram militantes do movimento estudantil quando estavam na universidade. Meu pai fazia parte de um partido político e minha mãe sempre teve ligação com os movimentos sociais. Não tinha como ficar de fora da política na realidade que vivo”. Apesar disso, diz que nunca imaginou que seria a presidente da UEE-AM.

Bia, como gosta de ser chamada, conheceu o movimento estudantil quando era secundarista,
ajudou na organização de grêmios, foi várias vezes representante de turma, mas não iniciou sua militância nessa época. “Foi na universidade que comecei a participar de diversos atos, como a Luta pelo Passe Livre e pela Defesa da Meia Passagem”, relembra a estudante que também participa da coordenação do CUCA AM.

Agora na gestão da UEE-AM,o primeiro desafio será levar uma grande bancada amazonense para o 52º Congresso da UNE, repetindo a atuação destacada do estado nos outros fóruns como a Bienal, o CONEB e o CONEG. Além disso, Bia reforça as bandeiras da UNE como lutar pela conquista dos 10% do PIB e dos 50% do fundo social do Pré-sal para a educação. “Junto com todos os estudantes do Brasil, precisamos também pressionar pela aprovação do Plano Nacional da Educação no Congresso Nacional”, diz.

A nova presidente ressalta, ainda, a importância da UEE AM ter um alcance maior em todo o estado, já que é muito difícil chegar até algumas cidades e vilarejos, que exigem um alto custo financeiro e muito tempo de viagem.“A UEE vive uma gestão para superar barreiras geográficas, são jovens com necessidades especificas que precisam ser alcançados”, completa a presidente.

Acesso à internet também será uma das bandeiras de luta para o estado. “Os estudantes devem se mobilizar em torno do Plano Nacional de Banda Larga. O acesso à internet, hoje, é uma luta que devemos todos perseguir para compartilhar conhecimento e novas experiências, Além de lutarmos pela implementação da Ouvidoria da UEE, para melhor acompanhar e receber a demanda dos estudantes”, explica.

A luta por melhorias na educação continuará, na defesa do acesso e permanência, que dependem de questões como a aprovação do Passe Livre, o combate ao aumento da tarifa do transporte público, hoje uma das mais altas do país, a democracia e autonomia na organização da rede do M.E, além da atenção aos exageros no aumento das mensalidades.
“Implantamos o RU em uma das unidades da universidade estadual recentemente, mas é necessário expandir para as demais, assim como ampliar a oferta de bolsas de estudo nas universidades públicas e privadas do Amazonas também”, finaliza.

Da Redação do site Estudantenet