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As relações internacionais do PCdoB no período 2011 a 2013

O secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Abreu, o Alemão, apresentou nesta quinta-feira (30) durante o Encontro Internacionalista do Partido, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a proposta de planejamento da atividade dos comunistas brasileiros no plano internacional para o período compreendido entre 2011 e 2013.

Alemão entende que é preciso partir do êxito alcançado até o momento nas relações internacionais do PCdoB para aperfeiçoar o trabalho nesta frente. “A atividade internacionalista é sobretudo uma atividade militante, de todos os militantes do partido e não apenas do Comitê Central e da Secretaria de Relações Internacionais (SRI)”, alertou.

Tarefa de todos

“É tarefa dos dirigentes do partido, inclusive dos comitês estaduais, municipais e das organizações de base, dos parlamentares e gestores de governos, dos militantes do movimento sindical, do movimento estudantil e de todos os movimentos sociais onde atuam os militantes comunistas dedicados à luta de ideias e, enfim, de todo o coletivo partidário”.

Uma rica experiência internacionalista foi acumulada ao longo da história do Partido Comunista, que começa em 1922, “mas há uma fase nova, que se inicia em 1992, no 8º Congresso do partido, expressa inicialmente no texto ´Pela unidade do movimento comunista´, clássico de autoria do camarada João Amazonas”, conforme o secretário. Ele apontou a realização do Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, em 2008, como “um marco dos êxitos alcançados”.

Acirramento das contradições

“Nos próximos anos”, prevê Alemão, “devem se intensificar as contradições entre o imperialismo e a luta anti-imperialista dos povos. Os EUA e a Otan preparam novas guerras e agressões imperialistas, como a guerra em curso contra a Líbia. Cresce a importância e a necessidade de impulsionar a lauta pela paz contra as guerras e as intervenções políticas imperialistas”.

Ele também abordou o processo de transição geopolítica, marcado pela decadência dos EUA e ascensão da China, que cria melhores condições para que os países reunidos no BRICS e outras nações que formavam a chamada periferia capitalista fortalecem sua soberania nacional e promovem o desenvolvimento econômico e social.

É uma realidade em que os países socialistas (China, Cuba, Laos, República Democrática da Coréia e Vietnã) realizam atualizações e inovações, o Brasil e a América Latina exercem um novo papel no mundo, com uma série de governos de esquerda e progressistas, e o PCdoB (como outros partidos comunistas no mundo) “exerce responsabilidade de governo”.

Conscientizar

A proposta para o triênio 2011-13 aponta a necessidade de promover a consciência e atividade política internacionalista no Brasil, o que inclui a promoção e participação ativa em ações de massa de conteúdo anti-imperialista e de solidariedade aos povos e nações em luta contra o imperialismo. “Nesta atividade de massas tem papel fundamental a atuação dos comunistas no Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz, o Cebrapaz”, cuja presidente, Socorro Gomes, também preside o Conselho Mundial da Paz (CMP).

Alemão também propõe “organizar a atividade política, ideológica e organizativa da Secretaria de Relações Internacionais e da Comissão de Relações Internacionais com base em uma concepção sistêmica, em áreas de trabalho, áreas temáticas e áreas geográficas, e sempre trabalhar com prioridades, objetivos, projetos e ações/meta”.