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Flotilha da Liberdade luta contra sabotagem e obstáculos

Os ativistas da Flotilha da Liberdade que viajam para a Faixa de Gaza continuam lutando contra atos de sabotagem e obstáculos das autoridades europeias. Segundo informações do Conselho de Coordenação da flotilha, o capitão da embarcação estadunidense Audacity of Hope (Audácia da Esperança) foi detido no sábado pela policía de Keratsini, perto de Pireu, na Grécia ao tentar sair do porto dessa cidade.

Segundo o correspondente do diário socialista alemão Neues Deutschland, que se encontra a bordo do barco Stefano Chiarini, seis das 14 naves da flotilha têm proibida a saída dos portos da Grécia.

A embarcação canadense Tahrir pode sair, mas não para a Faixa de Gaza, explicaram as autoridades gregas.

Antes disso, pelo menos dois barcos da flotilha sofreram atos de sabotagem, cometidos por desconhecidos.

Enquanto isso, as autoridades israelenses anunciaram que os comunicadores a bordo das embarcações da flotilha podem ser deportados e sancionados com uma proibição de entrada em Israel por 10 anos.

O anúncio provocou o protesto de vários jornalistas e meios de comunicação, que defenderam seu direito de informar livremente sobre os acontecimentos no transcurso da ação humanitária que trata de romper pacificamente o bloqueio israelense contra a Faixa de Gaza.

Em vista dos múltiplos problemas, a tripulação de várias embarcações se mostrou disposta a partir rumo a Gaza, inclusive sem a permissão das autoridades gregas.

O eurodeputado comunista espanhol Willy Meyer, que participa na iniciativa da flotilha a bordo do barco "Guernica", denunciou nesta segunda-feira (4) o decreto-lei imposto pelo governo grego para impedir a saída da flotilha de qualquer porto desse país.

Segundo Meyer, este decreto "vulnera o direito internacional e as normas europeias de livre circulação e supõe um atentado aos direitos das cidadãs e cidadãos europeus a navegar livremente pelo Mediterrâneo".

"A Convenção do Direito do Mar da ONU – continuou Meyer – estabelece seu convencimento de contribuir ao fortalecimento da paz, da segurança, da cooperação e das relações de amizade entre todas as nações, de conformidade com os princípios de justiça e igualdade de direito".

Prensa Latina