PC francês condena covardia da Europa em relação à flotilha

Em um comunicado, o PCF assinalou que, ao proibir a continuidade da travessia para Gaza dessa missão solidária, o governo da Grécia aplica o mesmo bloqueio ilegal mantido ali por Israel há quatro anos".

Os comunistas destacaram que 1,5 milhão de cidadãos palestinos sobrevive numa prisão a céu aberto. "É exatamente esse bloqueio desumano que a flotilha tem por objetivo romper simbólica e pacificamente, e é escandaloso que nenhum dos países da UE tenha tido a coragem de reagir", indicou o texto.

Para o PCF, a Flotilha da Liberdade deveria obter o financiamento e a proteção dos países do velho continente e de toda a comunidade internacional, por tratar-se de uma iniciativa fraterna encaminhada a mostrar onde se localiza a legalidade, a legitimidade e a dignidade.

"Ao eleger apoiar a política israelense, Grécia, França e os governos europeus mostraram a covardia e o menosprezo ao direito", agregou o PCF. Desde a sexta-feira passada, o governo grego impede a flotilha de continuar seu rumo à Faixa de Gaza, sob o pretexto de medidas de segurança.

Ontem, o barco francês nomeado Dignité Al-Karama, que tem entre seus tripulantes o ex-candidato às eleições presidenciais de 2007 pelo Novo Partido Anticapitalista (NPA), Olivier Besancenot, rompeu a vigilância e prosseguiu seu caminho em direção ao território palestino.

Desde o anúncio da saída da segunda flotilha, composta por uma dezena de embarcações com pacifistas de 22 países, Israel ameaçou interromper o percurso com o uso da força. Em maio de 2010, a primeira expedição humanitária foi interceptada pelo exército hebreu, uma ação na qual morreram nove pacifistas do navio turco Mavi Marmara.

Fonte: Prensa Latina