Sem categoria

Copa: Fifa garante ao Corinthians que abertura será no Itaquerão

Nos bastidores do futebol, o discurso dos dirigentes da Fifa é bem diferente daquele feito diante dos microfones. Durante os eventos que antecederam o sorteio das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, na semana passada, no Rio, a diretoria do Corinthians teve a garantia de que o jogo de abertura do Mundial será realizado em seu estádio, em fase de construção no bairro de Itaquera.

Para a opinião pública, porém, o secretário-geral da entidade, Jérome Valcke, passa informações diferentes. "Ainda estamos analisando essa situação. Vamos deixar para resolver isso apenas em outubro", afirmou, durante entrevista coletiva.

Ao mesmo tempo em que evita confirmar a informação, Valcke deixa nas entrelinhas que São Paulo é a favorita para receber o evento. "Sabemos do poder financeiro, comercial e político de São Paulo. Trata-se de uma das maiores cidades do mundo e uma abertura de Copa do Mundo precisa de uma estrutura que poucas cidades têm", observou o dirigente.

Fica, então, uma questão intrigante: por que a Fifa faz questão de deixar para outubro o anúncio oficial do palco da partida inaugural, uma vez que até o ministro do Esporte, Orlando Silva, chegou a sugerir que o impasse fosse resolvido o mais rápido possível?

A resposta que mais se ouvia nos corredores da Marina da Glória, no Rio, local que recebeu dirigentes do mundo inteiro para o sorteio, é de que a Fifa teme, ao antecipar o anúncio, que as cidades que pleiteiam o jogo, casos de Belo Horizonte, Brasília e Salvador "tirem o pé do acelerador". Em outras palavras, diminuam o ritmo das obras dos estádios e de infraestrutura.

Contrato

Uma das perguntas mais recorrentes feitas ao presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, nas últimas semanas é o motivo de o contrato com a Odebrecht para a construção do Itaquerão ainda não ter sido assinado.

Sanchez reage sempre da mesma maneira. Minimiza o fato, diz que tudo já está acertado e aponta o ritmo das obras em Itaquera para mostrar que a construção caminha dentro do previsto. Além disso, a diretoria do Corinthians não faz questão alguma de assinar o documento agora. Isso porque, se conseguir protelar a formalização para o fim do ano, começará a pagar pelos R$ 400 milhões – que virão da linha de crédito do BNDES ou da própria construtora – apenas depois de três anos.

Até lá, a cúpula corintiana sustenta que o fato de ter um pré-contrato lhe dá a segurança de que a obra não será paralisada até a data da assinatura. "Além disso, a construtora não tem como fugir da raia a essa altura", comentou um cartola alvinegro.

Da Redação, com informações do O Estado de S.Paulo