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Dilma: “medidas midiáticas” sobre a corrupção não pautam governo

A presidente Dilma Rousseff quebrou o silêncio em relação à nova onda de escândalos de corrupção na Esplanada dos Ministérios. Em rápida entrevista após a cerimônia de lançamento do Plano Brasil Maior de Política Industrial, no Palácio do Planalto, Dilma disse que o combate a corrupção é efetivo.

"Combateremos a corrupção de forma sistemática. O governo não vai abraçar nenhum caso de corrupção”, declarou, em resposta a uma pergunta sobre irregularidades no governo. “Mas o governo não se pautará por ‘medidas midiáticas’ de combate a corrupção. Vai ter um combate efetivo", emendou.

Dilma não fez referências diretas às denúncias de irregularidades nos ministérios da Agricultura e da Cidades – pastas controladas, respectivamente, pelo PMDB e PP. Na entrevista, ela ressaltou que o plano lançado hoje visa aumentar a competitividade, a eficiência, a agregação de valores e o combate a práticas fraudulentas e desleais de concorrência. A presidente acrescentou ainda que, na próxima terça-feira, será lançado o Super Simples.

Na segunda-feira (1°), líderes da oposição anunciaram uma avalancha de requerimentos para convocar cinco ministros do governo a prestar depoimento no Congresso sobre denúncias de corrupção e obter explicações de órgãos de investigação e fiscalização. No Senado, já há pedidos prontos para obrigar a depor os ministros Paulo Sérgio Passos (Transportes), Wagner Rossi (Agricultura), Mário Negromonte (Cidades), Edison Lobão (Minas e Energia) e Afonso Florense (Desenvolvimento Agrário).

Já na Câmara, os tucanos querem uma audiência pública conjunta com membros da Polícia Federal, PGR (Procuradoria-Geral da República), Ministério Público do Distrito Federal, TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria-Geral da República). O objetivo é que falem como andam investigações sobre supostas irregularidades e denúncias de corrupção surgidas nas últimas semanas.

Da Redação, com agências