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'Eu não sou lixo, meu partido não é lixo', diz Alfredo Nascimento

O senador Alfredo Nascimento (PR-AM) fez na tarde desta terça-feira (2) o pronunciamento em que se defendeu das denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes.

Por aproximadamente 45 minutos, Nascimento negou as acusações contra ele e contra seu filho Gustavo, assegurando que são "mentiras infundadas" e que vieram de um desafeto político do Amazonas. O senador avisou ainda que vai provar, na Justiça, sua inocência. À frente do Ministério dos Transportes o senador amazonense foi acusado de cobrar propinas de empreiteiras e seu filho de ter enriquecido ilicitamente.

As denúncias motivaram a sua demissão da pasta e deram origem à faxina administrativa que já afastou do cargo mais de 20 funcionários dos mais diversos escalões do Ministério dos Transportes, a maioria ligados ao Partido da República (PR).

“Eu não sou lixo, meu partido não é lixo. Somos homens honrados e tomarei as medidas cabíveis na Justiça para reverter danos impostos a mim e a meu filho”, disse o senador.

Apesar de especulações de que o PR romperia com o governo Dilma Rousseff, o senador Alfredo Nascimento, presidente regional da legenda, reafirmou o apoio de seu partido à presidente.

Defendendo sua gestão, Nascimento disse que está com a “consciência tranqüila”. “Nos mais de seis anos em que fui ministro, jamais houve um momento em que minha honra e minha lisura tenham sido questionadas. Em momento algum pedi ou determinei ação de que pudesse me envergonhar", disse.

Embora reafirmando que continuará apoiando o governo, o senador deixou no ar uma crítica à presidente da República: "Diante dos ataques violentos contra mim desferidos, não recebi do governo o apoio que me havia sido prometido pela presidente. Deixei o ministério para que aqui no Senado pudesse esclarecer os fatos e colocar o debate no devido lugar."

Nascimento destacou ainda que os fatos colocados sob suspeição pela imprensa se deram no período em que ele não era ministro. "Deixei o comando da pasta em março de 2010, para lá voltei em janeiro deste ano, para dar continuidade ao trabalho." A afirmação acaba atingindo indiretamente o atual ministro, Paulo Passos,que no mencionado período atuou como seu interino, na condição de secretário-executivo do ministério.

"Não gerenciei nem executei o Orçamento de 2010. O ministério que deixei em 2010 é diferente do que encontrei no meu retorno."

"Em momento algum determinei a prática de atos lesivos aos cofres públicos ou agi em nome de interesses partidários. Peço encarecidamente à vossa excelência que promova as investigações cabíveis inclusive sobre a minha pessoa, para que eu possa me defender e receber do Judiciário o reconhecimento da minha inocência."

Com agências