Sem categoria

Londres: bloquear redes sociais vai calar manifestantes?

Diante das manifestações que tomaram a cidade de Londres, a Inglaterra cogita bloquear os serviços de redes sociais, como Facebook e Twitter, além do serviço de mensagens do BlackBerry, o BlackBerry Messenger (BBM). Supõe-se que tais meios digitiais estejam sendo utilizados  para a comunicação e organização entre os participantes dos atos públicos.

Todas as cenas de horror a que o mundo assiste na capital inglesa começaram por conta de um protesto contra o abuso do poder da polícia local. Mas a´fúria dos manifestantes e da polícia só aumenta.

O  primeiro-ministro britânico, James Cameron, afirmou que o governo está negociando o cancelamento de alguns meios de comunicação digital. Em uma coletiva na House of Commons, Cameron confirmou que está trabalhando com serviços de inteligência, polícia e também algumas companhias para decidir se seria correto cancelar a comunicação de milhares de pessoas por sites e serviços de redes sociais, em função da "disseminação de violência, desordem e criminalidade que eles têm causado".

“Quando as pessoas utilizam mídias sociais para a violência, temos que barrá-las”, disse Cameron. O primeiro-ministro também afirmou que considera limitar os conteúdos publicados em redes sociais, como vídeos que mostram jovens sendo assaltados e outras atitudes ilegais.

A decisão é polêmica e pode dar margem a ações de censura à rede em outros países, na contramão de esforços que estão sendo feitos há anos para colocar o mundo em comunicação em tempo real por meio da tecnologia.

Além desse argumento, que toca a liberdade de cada cidadão, há o fato de que o mercado capitalismo também está estimulando há muitos e muitos anos o consumo de celulares, computadores e tudo o mais que as inovações no campo cibernético.

Verdade que o que salva — comunicação — também pode matar, mas ser juiz de qual linha de comunicação tem que ser cortada ou mantida não é tarefa´para poucos. A decisão envolve muitas variáveis, milhões de pessoas, indústrias e valores humanos, como ética e cidadania.

Redação do Vermelho com dados da TI Inside