Sem categoria

Tucano será relator de processo contra Valdemar Costa Neto

Entre os três nomes concorrentes, o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara do Deputados José Carlos Araújo (PDT-BA), escolheu o do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) para ser relator no processo contra o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), o qual pode estar envolvido em denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes

- reprodução/UOL
 
Leia também
Câmara investigará atuação de Valdemar Costa Neto em Ministério
 

Os outros dois parlamentares sorteados entre os integrantes do conselho foram os deputados Chico Lopes (PCdoB-CE) e Waldenor Pereira (PT-BA). Com o novo Código de Ética da Casa, o presidente do conselho passa a ter uma lista tríplice para escolher com quem fica a relatoria dos casos.
Costa Neto será investigado a pedido de requerimento assinado pelo PSOL e PPS, que quer esclarecimentos sobre a atuação dele e de pessoas da confiança do parlamentar no Ministério dos Transportes.

A ação teve como base reportagens publicadas pelas revistas “Istoé” e “Veja” com denúncias de cobrança de propina em troca de sucesso em licitações, superfaturamento e aumento nos valores por meio de aditivos em obras apontadas como irregulares pelos órgãos de fiscalização.

Durante a reunião, os deputados também elegeram os deputados Paulo Piau (PMDB-MG) e Sibá Machado (PT-AC) para serem os 1º e 2º vice-presidentes do conselho.

Imparcialidade

“A minha escolha para ser relator é uma primeira resposta que o Conselho de Ética e a Câmara dão para o caso, que é um caso grave e que merece imparcialidade. A sensação da população é de que se quer justiça. Então, eu vou agir com imparcialidade, mas, com certeza, pesou muito a minha história de ser delegado de carreira da Polícia Federal [para a escolha para o posto]”, avaliou Francischini.

O deputado afirmou que buscará informações no Supremo Tribunal Federal e no Ministério Público de São Paulo, mas não deu previsão de quando entregará o relatório preliminar.

Já o presidente do conselho, José Carlos Araújo, nega que um nome da oposição do governo e o fato dele ser delegado pesaram para a escolha.

“Nem por ser PSDB nem por ser delegado. Os três deputados sorteados eram competentes e tinham condições de relatar o caso. Verifiquei qual tinha maior disponibilidade e por coincidência foi ele”, afirmou Araújo.

O conselho tem o prazo de 90 dias úteis para concluir seus trabalhos. Contudo, o presidente do conselho já vislumbra a necessidade de prorrogá-lo por igual período.

Fonte: UOL