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Jordanianos protestam contra governo e tratado de paz com Israel

Centenas de jordanianos participaram nesta sexta (23) de uma manifestação em Amã para exigir a renúncia do primeiro-ministro, Marouf Bakhit, enquanto em diversas cidades do país ocorriam outros protestos contra o tratado de paz com Israel.

A Irmandade Muçulmana, principal grupo de oposição da Jordânia, organizou um protesto depois da oração da sexta-feira contra o Executivo e pela dissolução da Câmara Baixa do Parlamento.

Sob o lema "Contra as injustiças e a corrupção", os oradores do comício criticaram o governo por seu fracasso na reforma política e constitucional.

"O governo atual não é capaz de adotar as reformas necessárias. O povo quer uma verdadeira reforma e a revisão da Constituição", declarou Musa Wahsha, um destacado membro da Frente de Ação Islâmica (FAI), braço político da Irmandade Muçulmana.

Por outro lado, dezenas de ativistas protestaram perto da embaixada israelense em Amã para pedir o fechamento da delegação diplomática e a anulação do tratado de paz de 1994 entre Jordânia e Israel.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra os planos israelenses de estabelecer uma "pátria alternativa" para os palestinos na Jordânia e criticavam a rejeição americana ao reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras de 1967.

Há três dias, o deputado israelense do partido ultranacionalista União Nacional, Aryeh Eldad, apresentou um pedido no Parlamento israelense para que a Jordânia fosse transformada em uma pátria alternativa para os palestinos, em vez da Cisjordânia e de Gaza.

Fonte: Folha