Servidores dos Correios mantém greve

 

A greve continua. A posição foi tomada pelos trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Norte em Assembleia realizada nesta quinta-feira, 6 de outubro.

Os trabalhadores decidiram manter a paralisação após rejeitarem a proposta de acordo feita no Tribunal Superior do Trabalho (TST) na terça-feira (4), entre a Fentect e a empresa.

Nas reivindicações da categoria, que tem sua data-base em agosto, os trabalhadores pedem aumento salarial linear de R$ 200, reposição da inflação em 7,16% e piso salarial de R$ 1.635. Já a última proposta apresentada pela empresa prevê reposição da inflação de 6,87%, retroativo a agosto, e ainda um aumento real de R$ 80 a partir de outubro. Dos 21 dias da greve, 15 seriam compensados em finais de semanas e seis seriam descontados a partir de janeiro de 2012 parcelado em 12 vezes.

Um dos pontos nevrálgicos da situação é a posição da ECT em descontar os dias de greve. “Essa nova proposta foi muito ruim. A empresa além de ser intransigente, também lhe falta habilidade para negociar”, ressalta o presidente do SINTECT-RN, Moacir Soares.

A decisão final sobre a paralisação, agora, irá depender da Justiça, que antecipou para esta sexta , às 14h, a audiência de conciliação no TSTque aconteceria na segunda-feira (10), com o objetivo de dar uma solução a paralisação. Já o dissídio coletivo da categoria, caso não haja um acordo, será julgado na segunda.

No início da noite desta quinta-feira, uma liminar do TST determinou que os trabalhadores dos Correios mantenham pelo menos 40% do pessoal no trabalho.

“Há uma contradição, uma vez que a Empresa afirma categoricamente, através de matérias jornalísticas, de que só existem 23% dos trabalhadores em greve. Um número bem inferior a 60% e, consequentemente, aos 40%, conforme exigência da justiça”, avalia Moacir Soares.

Balanço

Segundo informações da Empresa, já houve atraso na entrega de mais de 147 milhões de cartas e encomendas. O governo federal, cortou o ponto dos tarbalhadores em greve e exigiu compensação dos dias paralizados.

Após a deflagração da greve, a direção da Empresa, suspendeu os serviços de entrega com hora marcada dos Correios e também atrasos de três a quatro dias nos demais. A empresa pretendia ontem normalizar os serviços na próxima semana.

A empresa contabilizou um prejuízo diário de R$ 20 milhões. Essa cifra pode aumentar, uma vez que são comuns ações judiciais de clientes por conta dos atrasos, ciflas que sem dúvida, que sem dúvida pagaria grande parte da reivindicação da categoria.

Uma nova Assembleia será realizada nesta sexta (07/10), às 11h, em frente a sede dos Correios na Ribeira, em Natal e simultaneamente em Mossoró e Caicó.