Salvador sedia primeiro debate sobre Dia Nacional do Documentário
Em um mundo em que a forma de se registrar a realidade está cada vez mais dinâmica e criativa, comportando vários formatos, foi realizada na última quinta-feira (29/9), em Salvador, a primeira audiência pública no Brasil pela instituição do Dia do Documentário Brasileiro. A data foi pensada para destacar a importância desse gênero, fortalecer o seu papel junto à sociedade e estimular a sua visibilidade, bem como promover um resgate da obra dos documentaristas nacionais, com menos visibilidade.
Publicado 20/10/2011 16:05 | Editado 04/03/2020 16:18
Estimulada pela Associação Brasileira de Documentaristas (ABD Nacional), que sugere a propagação da iniciativa, com sessões em todo o Brasil, a audiência, de autoria da vereadora Olívia Santana (PCdoB), aconteceu em parceria com a deputada federal, Alice Portugal (PCdoB), e com a SALADEARTE Cinema do Museu, local onde foi realizado o encontro. Segundo a representante do órgão, Solange Lima, a instituição da data no calendário nacional é uma forma de reunir os diversos agentes envolvidos na produção e difusão de documentários e gerar debates e novas proposições para o setor, firmando-se, assim, como uma data de forte integração e fomento ao enriquecimento sócio-cultural do país.
“Lula sancionou uma regulamentação que define que a instituição de datas comemorativas obedecerá ao critério da alta significação. Ou seja, precisamos estar muito bem respaldados para que a criação da data seja aprovada. A lei foi criada para combater a banalização, mas dificulta as propostas realmente sérias”, pontuou Alice. Para a deputada, um bom exemplo é a mudança do nome do aeroporto de Salvador para “Dois de Julho”, e a elevação do “Dois de julho” como data nacional, bem como a inscrição da mesma data no livro das efemérides nacionais, que até hoje não foi colocada em votação, até que se consiga material suficiente para instruir e convencer o Congresso Nacional da importância da Bahia na Independência do Brasil.
“Vamos fazer um relatório e encaminhar formalmente para a deputada Alice Portugal, com o resultado da Audiência Pública, para que ela tenha material suficiente para marcar a audiência pública sobre o assunto, em Brasília. Não tenho dúvidas de que, com tudo que vem acontecendo nacionalmente, ela conseguirá a aprovação da data”, destacou a vereadora Olívia Santana.
Engajamento nacional
O encontro é o primeiro passo para a instituição, no calendário cultural, do dia 7 de agosto, como data oficial, comemorativa, em referência histórica ao cinema documental na sociedade brasileira. A escolha aconteceu após votação realizada com as 27 ABDs e pelos cineastas que se manifestaram. O nome do cineasta e documentarista Olney São Paulo, nascido em 7 de agosto de 1936, em Feira de Santana/Ba, foi o mais votado.
“Vivemos em um novo contexto. Hoje em dia varias pessoas com a câmara na mão estão documentando. É uma releitura do que é ser documentarista. Todo mundo está com a câmara na mão documentando seu país, e passou a ter mais orgulho da sua história. É a força do documentário diante tantas linguagens. Com a indicação do nome de Oney estamos promovendo o resgate da história de vários cineastas do Brasil que não estão na mídia.”, ressaltou Solange Lima.
Fonte: Ascom do gabinete da vereadora Olívia Santana.