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Sem Kadafi, Brasil espera fim da violência na Líbia, diz Patriota

Após o anúncio pela mídia corporativa de que o líder líbio Muamar Kadafi teria sido assassinado pelas forças leais à Otan, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse em Luanda, antes de embarcar para o brasil que a expectativa é que a agressão se encerre.

"O Brasil espera que a violência na Líbia cesse, que as operações militares se encerrem e que o povo líbio siga nas suas aspirações e anseios, no espírito de diálogo e de reconstrução", disse, na tarde desta quinta-feira (20).

Acompanhando a presidenta Dilma Rousseff à África, o chanceler disse ter sido informado sobre a captura de Khadafi às 13h37 horário local (10h37 no horário de Brasília) – no momento em que a presidente estava reunida com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.

Patriota interrompeu a reunião para informar os presidentes que, depois de saberem da notícia, deram continuidade à reunião.

Na terça-feira (18), durante o Fórum do Ibas (Índia, Brasil e África do Sul), em Pretória (África do Sul), Dilma e os representantes da África do Sul e da Índia condenaram as ações militares na Líbia. Tradicionalmente, o Brasil é contrário às medidas e defende a busca pacífica e o caminho do diálogo.

Desde março o Pacto Militar do Atlântico Norte realiza uma agressão militar contra a Líbia, com o intuito de ajudar suas forças aliadas no terreno, que tramaram um golpe aproveitando-se das revoltas que levantaram os povos árabes contra seus regimes no Egito e na Tunísia, países vizinhos à Líbia. Apesar de abster-se na votação que "autorizou" a Otan a destruir a Líbia, o Brasil é contrário à iniciativa.

"Na Líbia, atuamos orientados pela certeza de que intervenções armadas e especialmente as realizadas à margem do direito internacional não trazem a paz nem protegem os direitos humanos", disse Dilma.

Com agências