Sem categoria

Palestinos denunciam proposta "enganosa" israelense de negociação

Uma proposta do governo de Israel sobre construção nas colônias em território ocupado palestino foi levada a conhecimento do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, por meio da chanceler colombiana Maria Angela Holguín.

Maria Angela, que esteve na região entre segunda e quinta-feira, se reuniu com os dois líderes em uma discreta missão a pedido do presidente do seu país, Juan Manuel Santos.

Segundo o jornal Ha'aretz, que não identifica a fonte, a proposta inclui a interrupção de "obras públicas" e em "terras governamentais", mas não das particulares, o que seria um "gesto" de Israel para trazer Abbas de volta à mesa de negociações.

Segundo os palestinos, 82% das construções nas colônias são particulares e Israel descreve como "construção privada" o que em muitos casos são obras feitas por empresas criadas pelo próprio Executivo israelense.

O chefe do escritório de negociações da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, declarou na quarta-feira, após uma rodada de reuniões separadamente com Holguín e outros funcionários ocidentais, que o fim das construções continua sendo uma condição inevitável.

Já Nabil Abu Rudeina, assessor da Presidência palestinoa, classificou nesta sexta-feira como "enganosa" a proposta de Netanyahu.

"Esta proposta serve apenas para informar compromissos e confundir a opinião pública", denunciou Rudeina, ressaltando que Israel não cumpre as exigências da comunidade internacional de parar completamente a construção.

"Netanyahu falou de um congelamento em terras governamentais, que representam 10% das ordens de construção nas colônias. No entanto, 90% são projetos privados, o que não representaria a paralisação da construção nos assentamentos", explicou Abu Rudeina, segundo a Agência Palestina Independente "Ma'an".

"Nossa posição é clara, não voltaremos a negociar até uma paralisação absoluta da atividade nos assentamentos", acrescentou.

Com agências