Sem categoria

Walter Sorrentino: Fanny Edelman, inesquecível

Morreu Fanny Edelman, mais que centenária, um monumento de integridade de consciência comunista e humanista. Dessas que marcam uma época!

Por Walter Sorrentino, em seu blog

Conheci pessoalmente Fanny Edelman na mesma viagem em que conheci Armando de Magdalena (*), ambos no Congresso do Partido Comunista Argentino. Inolvidável a figura daquela mulher comunista, história viva do século 20, suas lutas, seus sonhos, sua coragem. Partilho com vocês a homenagem do poeta Armando de Magdalena a ela, pela passagem de seus 100 anos de vida.

No pasarán sobre el Ebro ni el Nalón
ni aunque inunden (como lo hacen) bajo las presas la memoria
allá bajo el agua están intactos los estampidos de las balas
y los versos de Miguel acunado por bellotas
no
no pasarán sobre la huelga aunque cierren la mina
aunque maten al carbón en una fragua
ni sobre el V ni sobre las Brigadas pasarán
aunque muertos estén (bien muertos) y las trincheras rotas bajo la escarcha
ni aún sobre los que yacen olvidados en las cunetas podrán pasar
ni aún entre los muertos muertos tan lejos de la viña y los olivares
revuelo espantado de palomas sinceras
ni aún sobre sus lágrimas, su rabia o el exilio, no
no pasarán,
Amar
amar nunca puede ser pecado
tú que eras tan pálida y tan joven y mirabas celeste como tu bandera
aun no han logrado pasar sobre los ademanes de tu ternura
sobre tu acero, menos
ni aun sobre tus palabras
ni aun sobre tu estar al lado
ni aun sobre tu propia muerte
no
yo te lo digo y te lo prometo
no
no pasarán
…ni ahora
ni nunca
ni por el río
o la montaña
ni por la mar
o la ladera
ni de día
ni de noche
aún muertos tendrán que sortearnos
y tal vez aun les escupamos en la cara.

Sobre Fanny Edelman

Na quarta-feira, 24 de novembro, aconteceu no Teatro Nacional Cervantes na Argentina, uma homenagem à camarada Fanny Edelman. Ela está prestes a completar 100 anos de uma bonita vida, dedicada à militância, à construção de um mundo melhor. O teatro se vestiu de gala para receber a presidente do Partido Comunista da Argentina. Uma das mais valorosas heroínas do povo argentino, a camarada Fanny Edelman, com mais de 70 anos de militância é um desses personagens lendários que enchem de orgulho os comunistas do mundo inteiro, por sua coerência, exemplo de vida e combatividade revolucionária.

Ao longo de sua militância, a camarada Fanny participou dos principais acontecimentos das lutas dos povos e, especialmente, do povo argentino no século 20, e continua firme em sua batalha pela emancipação humana. Voluntária nas Brigadas Internacionais da guerra civil espanhola, presidente da Federação Democrática das Mulheres, reconhecida lutadora pelos direitos humanos na Argentina, Fanny representa o que de mais generoso a espécie humana produziu no século 20. Ela disse: “O imperialismo, apesar de perverso e belicoso, não poderá frear a massa humana que se move em favor da libertação dos povos e dos oprimidos.

(*) Armando de Magdalena nasceu em 1963 em Buenos Aires Argentina. Poeta, ensaista, fotógrafo, homem de radio, muralista.