Colômbia: "morte de Cano é triunfo efêmero da direita"
O Exército de Libertação Nacional (ELN) qualificou como “triunfo efêmero” da direita a morte do chefe maior das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Guillermo León Sáenz, conhecido como Alfonso Cano.
Publicado 09/11/2011 18:25
Revolucionárias da Colômbia (FARC), Guillermo León Sáenz, conhecido como Alfonso Cano.
Alegou também que “nem o povo nem os revolucionários” serão enganados pelas mensagens enganosas, que visam gerar confusão, ou intimidados pelas ameaças dos governistas que “ontem como hoje se vangloriam de efêmeros triunfos”, assinala o ELN em um comunicado.
Além disso, o grupo insurgente expressa seu profundo sentimento de solidariedade com todas as mulheres e homens das FARC, bem como com a família do comandante Cano, que tombou em combate desigual na sexta (4). "Comunicamos aos revolucionários e povos da Colômbia e do mundo, nossa dor feita fortaleza e convicção revolucionária, pela perda que sofreu a insurgência colombiana", sublinha o texto.
O ELN recorda que não é estranho morrer em combate, contingência que, segundo afirma, os insurgentes assumem integralmente, mas “nada deterá a luta pelos ideais da paz, do bem-estar, da felicidade do povo e da soberania da nação”.
“Somos parte do povo levantado em armas que enfrenta a mais sinistra máquina de guerra e de terror da oligarquia colombiana”, aponta o mesmo documento.
Os insurgentes compõem forças guerrilheiras com meio século de vida, desenvolvidas ao calor da confronto com os inimigos do povo: “crescemos graças ao respaldo popular, à nossa vontade de luta e firmeza nas convicções revolucionárias”, agrega.
Em memória ao heroi e companheiro, o ELN sustenta que “Cano seguirá percorrendo as ruas e os caminhos que o viram erigir-se como dirigente revolucionário, junto a Manuel Marulanda e tantos outros quadros revolucionários das estruturas guerrilheiras”.
Também adverte que a luta popular e revolucionária cresce a cada dia no combate político-militar da insurgência.
O texto conclui, com ênfase: “tudo o que outros lutadores não puderam terminar nos fica como tarefa, ou seja, vamos continuar a luta pelo triunfo da causa revolucionária e popular”.
Com informações da Prensa Latina