Projeto Dengue na Web vai ajudar no combate à doença na Bahia

Para a coordenadora do Grupo de Trabalho de Combate a Dengue da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), Jesuína Castro, a iniciativa pode ajudar muito. “O web site é mais uma fonte de informação, mas para que ela seja efetiva, é preciso que cada gestor de saúde possa ter acesso a estes dados, para cruzar com as informações já disponíveis nos sistemas oficiais e que a gente possa agregar mais evidências, digamos assim, para poder se antecipar ou pelo menos chegar um pouco antes que o problema exploda”.

Jesuína lembra ainda desde 2009 a Sesab já tem uma fonte de informação quase em tempo real sobre a saúde e do mosquito. “Se isso se juntar à informação que o Dengue na Web pode trazer para nós em termos de informação da comunidade antes dela chegar no sistema de saúde, porque esta a gente já tem e cada vez mais oportuna, vai ser uma muito importante”.

A coordenadora ressalta, no entanto, que o combate a dengue deve ser um processo contínuo e integrado entre as ações do estado e dos municípios e com a ajuda da população. “No combate a dengue, não existe uma pessoa faz e está resolvido. O maior desafio é garantir a integralidade das ações e a integração solidária das ações principalmente. Não adianta que só a Sesab faça a sua parte”, disse.

“Nós estamos empenhados em integrar este processo desde o nosso orçamento, com as outras secretarias de governo que tem ação sobre os determinantes da doença. Porque os determinantes da doença estão fora do sistema de saúde. Abastecimento de água, coleta de lixo e saneamento básico de forma geral não é com a saúde. Mas, é com a saúde na medida em que a saúde é o órgão da gestão pública que catalisa, digamos assim, as ações que são necessárias para resolver o problema”, acrescenta Jesuína.

A gestora informa ainda que a Sesab está empenhada em estimular os municípios a perceberem que não basta aumentar os recursos da saúde para resolver o problema de qualquer doença, em especial da dengue. “É preciso uma ação integrada e solidária e que se envolva recursos, inclusive financeiros, de outras áreas. Não adianta jogar avião de inseticida na cidade. A gente não resolve o problema da dengue assim. A gente precisa regularidade de abastecimento de água, coleta de lixo adequada, precisa ter o serviço de saúde para prestar a assistência adequada e oportuna aos pacientes e isso nós estamos fazendo”, concluiu Jesuína Castro.

De Salvador,
Eliane Costa