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Johnson & Johnson chama polícia para reprimir grevistas

Os trabalhadores da Johnson & Johnson, em São José dos Campos, interior do estado de São Paulo, em greve desde a noite da terça (22), enfrentaram problemas com a polícia durante assembleia na manhã desta quarta (23).

Repressão na porta de fábrica

Segundo o Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e Região, a empresa chamou a Força Tática da Polícia Militar para impedir que trabalhadores que chegavam ao local em ônibus da empresa participassem da assembleia. Os policiais teriam conduzido os ônibus para dentro da empresa e proibido os dirigentes do sindicato de chegar perto dos trabalhadores.

Na assembleia, foi decidida a manutenção da paralisação por tempo indeterminado. Os trabalhadores aprovaram uma nota de repúdio à ação da empresa, que teria usado a PM como "guarda particular".

As principais reivindicações dos trabalhadores são abono salarial de R$ 1,5 mil, redução da jornada, vale-alimentação; redução do custo do transporte e garantia de 60 minutos de intervalo para refeição.

A empresa, por meio de nota divulgada nesta quarta-feira, explicou o motivo pelo qual acionou a polícia militar. "A Johnson & Johnson reconhece e respeita o direito de greve, entretanto, também zela pelo direito constitucional de ir e vir das pessoas que desejam ingressar ao trabalho. Por isso, foi acionado um instrumento legal garantido à companhia (interdito proibitório) para que as portarias fossem desbloqueadas e o acesso liberado."

A empresa ainda afirma que não vai discutir isoladamente a pauta apresentada pelo sindicato já que as reivindicações foram debatidas durante as negociações que culminaram na nova convenção coletiva.

Fonte: Redação da Rede Brasil Atual