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COP 17: Indignados pressionam por compromissos ambientais

O movimento de indignados está crescendo na 17ª Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 17) com o objetivo de exigir dos governos do mundo atuação e o compromisso no âmbito do clima.

A correspondente da Telesur em Durban, na África do Sul, Aissa García informou nesta sexta-feira (2) por meio de seu Twitter “chegam ativistas de toda #África para exigir compromissos para frear as mudanças climáticas”.

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As negociações para renovar o Protocolo de Quioto “estão estancadas e não parece haver vontade política dos países desenvolvidos para um acordo vinculante”, destacou a jornalista.

A agência cubana de notícias Prensa Latina informou nesta sexta-feira, que após quase uma semana de conversas e reuniões a postas fechadas “parece distante qualquer possibilidade d um acordo para um segundo período de compromissos do Protocolo”.

“A Durban também chegou a notícia sobre a decisão do governo do Canadá de se retirar do acordo em dezembro de 2011”, em consonância com a postura dos Estados Unidos, que nunca o ratificou, indicou a agência.

Para ONU há avanços

Segundo la secretária executiva da Convenção Marco das Nações Unidas para Mudança Climática, Christiana Figueres, "se avançou muito" na negociação para renovar o Protocolo de Quioto. Ela acrescentou que “esta semana há razão para otimismo porque houve muito progresso”.

O Protocolo de Quioto tem como objetivo reduzir as emissões de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento global. Até agora os países desenvolvidos mantêm os tradicionais discursos, marcados por condicionantes.

Crise e não continuidade

A COP-17 é considerada uma reunião-chave. Nela será definida a segunda parte do Protocolo de Quioto, assinado em 1997, que prevê metas obrigatórias de redução de emissões para os países desenvolvidos, em comparação com 1990. A cúpula seria a chance de aprovar o segundo compromisso a tempo de que seja ratificado no ano que vem e entre em vigor antes da primeira parte expirar.

O risco de aprofundamento da crise financeira que assola, sobretudo, os Estados Unidos (que nunca foi signatário do Protocolo de Quioto) e a Europa, deixa os governos ainda mais reticentes quanto à ideia de conter emissões e investir em modelos de desenvolvimento sustentável. Com uma nova recusa dos Estados Unidos e a saída de Rússia, Canadá, Austrália e Japão, que já declararam que não têm intenção de continuar em Quioto, mesmo que a segunda parte do protocolo seja finalizada em Durban, os poucos países que restam – a maioria europeus – representarão apenas 15% das emissões globais.

Na próxima semana começará o segmento de alto nível com a presença de ministros e outros representantes governamentais. Nesta nova fase serão elucidados alguns temas bilaterais e do bloco, em que poderão ser adotados novos acordos sobre mudanças climáticas.

Com informações da Telesur