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Chanceler paraguaio pede para acelerar criação Banco do Sul

O chanceler paraguaio, Jorge Lara, destacou na quarta-feira (14) a necessidade de acelerar a constituição do Banco do Sul como passo significativo para atingir a verdadeira integração e soberania econômica da América Latina.

Em fala no 2º Seminário Internacional sobre "A crise financeira mundial e o Banco do Sul", convidou também os demais países da União de Nações Sul-americanas a envidar esforços na reflexão da cooperação e incentivar o comércio intra-regional.

Lara recordou o surgimento desta instituição e destacou que entre suas funções tem a de financiar o desenvolvimento dos países membros, reforçar os processos de integração regional, reduzir as assimetrias, a pobreza e a exclusão social, além de promover o emprego.

A ata de fundação do Banco do Sul foi assinada em 9 de dezembro de 2007 na cidade de Buenos Aires pelos governantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e a Venezuela.

A entidade terá um capital de 20 bilhões de dólares e cada Estado membro contribuirá em correspondência com o tamanho de suas economias.

O ministro do Exterior paraguaio explicou que para este país é sumamente necessário aprofundar os processos de integração ou para diminuir a fragilidade e os riscos desta região diante da crise.

Com relação a isso destacou que o Banco do Sul vem a encher tamanha necessidade da região em matéria de financiamento .

Este, disse, se tornaria um instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico e social dos povos da região.

Lara frisou que o surgimento dessa entidade é mais um passo significativo no caminho da nossa América por atingir a verdadeira integração e soberania econômica .

Nesse sentido, o Paraguai adere a um novo conceito de integração regional baseado na reciprocidade com os países mais desenvolvidos, com vistas a conseguir o progresso econômico e social sustentável .

Sobre a crise econômica internacional expressou que esta manifesta o limite histórico de reprodução de um modelo financeiro que tem privilegiado poderosos setores econômicos às custas dos povos, transferindo ditos custos a outros países.

Este modelo em crise – opinou – privilegiou uma lógica econômica na qual os Estados, mesmo os mais fortes, têm ficado subordinados a empresas e mercados.

"Por isso estamos enfrentando uma crise de paradigmas que exige pensar em um modelo alternativo, e em conseqüência debater, refletir e assumir opções", afirmou.

Prensa Latina