EUA prosseguirão exploração de petróleo no Golfo de México

O secretário do Interior, Ken Salazar, viajou a Nova Orleans para organizar a venda de licenças, que foi antecedida há uma semana por idêntico procedimento para uma área de 567 quilômetros quadrados na Reserva Petroleira Nacional do Alaska.

A ação faz parte dos planos do presidente Barack Obama, anunciados em maio último, para tentar aumentar a produção nacional do óleo e procurar a independência energética do país, segundo comunicado governamental.

A Casa Branca assegurou que os novos passos "estão de acordo com o mais estrito" cumprimento das medidas de segurança, após o desastre causado na região por um vazamento de petróleo, depois da explosão da plataforma Deepwater, da British Petroleum.

Mesmo assim, o comunicado lembra que depois da tragédia ambiental, as autoridades "puseram em andamento reformas de segurança sem precedentes para as perfurações em alto mar, trabalhando com o setor para melhorar a supervisão e as operações".

Os Estados Unidos compartilham as riquezas de hidrocarbonetos localizadas no Golfo de México com vários países, incluído Cuba.

No caso de Cuba, o governo autorizou a outorga de licença a cerca de 10 empresas estadunidenses especializadas na limpeza e resgate em caso de desastre petroleiro, para operar ou problemas em águas cubanas.

O Comitê de Energia e de Recursos Naturais do Senado estadunidense examinou recentemente em uma audiência a capacidade de resposta e preparação para vazamentos de hidrocarbonetos em águas exteriores da plataforma continental adjacente às águas do país .

Durante o encontro foram abordados os planos de Cuba, México, Baamas e Canadá para desenvolver suas reservas petroleiras em águas profundas, que geram inquietações entre alguns setores estadunidenses.

Segundo disse Michael Bromwich, diretor do Escritório de Segurança e Controle Ambiental do Departamento do Interior, o governo estadunidense "toma medidas" para proteger "nossas águas" e os recursos costeiros mediante a promoção da segurança de perfuração através da prevenção e mediante a preparação das contingências de resposta no caso de um vazamento.

"Estas atividades", sublinhou, "incluem a comunicação com a petroleira espanhola Repsol para promover o cumprimento da segurança estadunidense e as normas ambientais, a cooperação com nossas contrapartes da agência reguladora da região".

Autoridades norte-americanas confirmaram, segundo o diário El País, da Espanha, que visitarão a plataforma petroleira "Scarabeo 9", de Repsol, em Trinidad e Tobago, antes de entrar em águas cubanas e reiteraram a emissão de licenças que permitiriam a suas empresas agir rápido em caso de uma acidente.

Por sua vez, a revista mensal Newsday adiantou em 12 de dezembro que Porto Espanha será o lugar onde se visitará à plataforma antes de chegar a águas cubanas.

Recentemente vários países, incluídos Cuba e Estados Unidos, participaram em um encontro em Nassau, Baamas, no que se analisaram os perigos de vazamentos petrolíferos no Golfo de México.

Cuba planeja perfurar até cinco poços em suas águas profundas até 2013 com o uso da plataforma de exploração Scarabeo 9, a qual tem menos de 10% de componentes de origem estadunidense, o que faz com que a Repsol não seja atingida pelo esquema de sanções imposto pelos Estados Unidos, como parte do bloqueio.

Bromwich foi categórico no Congresso ao afirmar que a tecnologia que aplicará a empresa espanhola nas águas cubanas é uma marca nova de plataforma semi-submersível, "muito avançada e muito moderna".

"Estamos conscientes que a equipe tem todas as características para a prevenção de explosões", acrescentou.

Com informações da Prensa Latina