Sesa mobiliza voluntários para cadastrar doadores de medula óssea

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce), unidade da Secretaria da Saúde do Estado, participa até 21 de dezembro da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, com o objetivo de aumentar o número de 102 mil pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) pelo Ceará.

As atividades da Semana de Mobilização buscam informar à população sobre as doenças tratadas com o transplante de medula e a necessidade de que doadores do Redome permaneçam com os cadastros ativos e atualizados.

38 transplantes

De 2008, ano em que esse tipo de procedimento começou a ser feito no Ceará, já foram realizados no Ceará 38 transplantes de medula óssea pela equipe do Hemoce e do Hospital Universitário Walter Cantídio. A meta da Secretaria da Saúde é aumentar a quantidade de transplantes autólogos realizados por ano e dar início aos transplantes alogênicos. No transplante autólogo, o paciente recebe células sadias da sua própria medula, enquanto que no alogênico a medula transplantada é de um doador.

O Hemoce realiza anualmente uma média de mil cadastros mensais e de um doador de medula óssea compatível por mês. De acordo com o Centro de Transplante de Medula do Instituto Nacional de Câncer (Inca), até o mês de janeiro deste ano o estado do Ceará estava na 7ª posição no ranking de cadastros entre os 26 estados e o Distrito Federal. No Brasil já são mais de 2 milhões os doadores voluntários cadastrados no Redome, o terceiro maior registro do mundo, atrás apenas dos EUA e da Alemanha.

A medula óssea, encontrada no interior dos ossos, produz os componentes do sangue, incluindo as células brancas, agentes mais importantes do sistema de defesa do organismo humano. Pacientes com produção anormal de células sanguíneas, geralmente causadas por algum tipo de câncer no sangue, como, por exemplo, leucemias, precisam realizar o transplante. Além desses, o procedimento é indicado aos portadores de aplasia de medula ou pacientes cuja medula tenha sido destruída por irradiação.

Estima-se que seja por volta de 35% as chances de se encontrar um doador compatível entre doadores parentes e de 0,1% entre pessoas não aparentadas. Quando não há um doador compatível entre os familiares do paciente, procura-se um doador compatível nos banco de medula óssea, como o Redome. O Banco necessita de um número elevado de voluntários para aumentar a possibilidade de se encontrar um doador compatível.

Para a realização do transplante, o doador passa por uma pequena cirurgia de aproximadamente 90 minutos. São feitas de 4 a 8 punções na região pélvica posterior para aspirar a medula. Menos de 10% da medula óssea é extraída e em poucas semanas a medula doada é recomposta pelo doador. Os riscos são praticamente inexistentes. Até hoje não há relato de nenhum acidente grave devido a este procedimento.

Doador

Para doar, é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e ter de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação.

Sancionada em 2009, a Lei Pietro instituiu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea entre os dias 14 e 21 de dezembro. Neste período, são desenvolvidas por todo o Brasil diversas atividades de esclarecimento sobre a doação e transplante de medula óssea. Pietro era filho do deputado gaúcho Beto Albuquerque (PSB) e morreu após lutar, por 14 meses, contra a leucemia mieloide aguda. Pietro chegou a realizar o transplante de medula, cerca de um ano depois do diagnóstico, mas o jovem já se encontrava debilitado pelos efeitos da leucemia.

Programação no Ceará

Dia 16, sexta-feira – Igreja Universal (Av. Tristão Gonçalves, 613 – Centro) 8 horas às 16 horas;
Dia 19, segunda-feira – Amil (Av. Barão de Studart,2090 – Aldeota), 9 horas às 16 horas;
Dia 20terça-feira – IFCE (Av. 13 de maio, 2081 – Benfica), 9 horas às 15 horas
Dia 20, terça-feira – IFCE (Av. 13 de maio, 2081 – Benfica), 15 horas às 20 horas;
Dia 21, quarta-feira – Praça do Ferreira (em frente à Caixa Econômica Federal), 8 horas às16 horas.

Além das coletas externas, seu cadastro pode ser realizado também nas sedes da hemorrede:

Em Fortaleza:

Hemoce – Av. José Bastos, 3390 – Rodolfo Teófilo – CEP: 60.431-086.
Tel: (85) 3101.2296 Fax: (85) 3101.2307
Horário de Funcionamento: 7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira e de 8h às 16h, nos sábados.

Posto de Coleta no IJF – Rua: Barão do Rio Branco, 1816 – Centro – CEP: 60.025-061
PABX: (85) 3101.5293
Horário de Funcionamento: 7h30min às 18h30min, de segunda à sexta-feira e de 13h às 17h30min, nos sábados, domingos e feriados.

No Interior:

Hemocentro de Sobral: (88) 3677.4624 / 3677.4627
Hemocentro do Crato: (88) 3102.1260 / 3102.1261
Hemocentro de Iguatu: (88) 3581.9409
Hemocentro de Quixadá: (88) 3445.1006
Hemonúcleo de Juazeiro do Norte: (88) 3102.1169 / 3102.1170 / 3102.1171

Fonte: Sesa