Ocupar Wall Street realiza assembleia eleitoral popular

Ocupar Iowa Caucus (nome em inglês para o processo de seleção de candidatos) prevê uma reunião nesta terça-feira à noite em Des Moines, a capital do estado, saindo na frente do partido opositor, que no próximo dia 3 de janeiro fará sua reunião eleitoral, informou o grupo em sua página na internet.

Durante a celebração também conhecida como Caucus do Povo, os organizadores apresentarão e discutirão as demandas propostas há meses pelo movimento e por 99% dos cidadãos estadunidenses, detalha a convocação.

Depois, em lugar de indicar a preferência por um possível candidato à presidência, os participantes declararão seu apoio a todo grupo que planeja ocupar a sede do evento durante os próximos três dias, mediante uma ação pacífica.

"As pessoas estão cansadas de serem ignoradas pelos dirigentes políticos de ambos partidos; cansadas de ver como o bem comum se coloca no final das prioridades do governo", explicou Ed Fallon, ex-legislador estadual e um dos organizadores da atividade.

"Celebrar o Caucus do Povo antes de 3 de janeiro expressa à elite empresarial e política dos Estados Unidos que precisa escutar nossas vozes, que o interesse público deve ser o primeiro", agregou Fallon.

Os organizadores reiteraram seu compromisso de não interromper a eleição primária do começo do ano que vem, ainda que afirmaram que esperam centenas de partidários do OWS vindos de diversas partes do país.

"Vamos ocupar as prisões se isso for preciso para fazer ouvir nossa voz", afirmou Olivia Sandbothe, outra integrante da organização popular.

"Já basta. É hora de pôr as comunidades antes das empresas e as pessoas antes de seus  benefícios", enfatizou.

No dia 3 de janeiro o estado de Iowa iniciará o processo de assembleias locais de partido chamadas "caucus", momento quando se selecionam os delegados que se comprometem com algum dos candidatos à convenção nacional republicana no final do verão.

Uma semana depois será a vez de New Hampshire.

O Ocupar Wall Street realizou três meses de atividades e se estenderam a outras cidades dos EUA.

Os indignados levantam sua voz contra a ganância financeira corporativa, o descontrolado poder dos grandes bancos, bem como as desigualdades geradas pelo sistema capitalista.

Os ativistas tiveram que enfrentar as baixas temperaturas da temporada invernal, despejos, assim como o emprego de uma violência brutal por parte das autoridades, que, inclusive, levou a prisões e o uso de gás de pimenta.

Fonte: Prensa Latina