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Israel aprova novos projetos de colonização em Jerusalém Leste

A prefeitura de Jerusalém autorizou nesta quarta-feira (28) a construção de um vasto complexo turístico e 130 novas casas no setor leste anexado da Cidade Santa, continuando assim sua política de colonização em Jerusalém Leste, que corresponde aos planos expansionistas dos sionistas israelenses.

Em outro ato relacionado com a colonização, o governo de Benjamin Netanyahu decidiu legalizar uma colônia no norte da Cisjordânia, segundo um acordo fechado nesta quarta-feira com seus representantes.

A prefeitura autorizou na quarta-feira a construção de um polêmico centro turístico no bairro palestino de Silwan, na parte anexada da cidade.

O projeto será construído em um terreno atualmente utilizado como uma área de estacionamento, perto da principal entrada da Muralha Ocidental e do bairro judeu da cidade velha. Aproximadamente 40 mil palestinos vivem em Silwan.

Representantes da comunidade palestina criticaram energicamente o projeto, considerado uma nova etapa dos planos de Israel de invadir essa região.

"Israel autorizou a empresa de ocupação Elad a construir um enorme projeto em Silwan, cobrindo 8.400 metros quadrados", disse Fakhri Abu Diab, responsável pelo Comitê de Defesa de Silwan. No mesmo dia, a prefeitura também distribuiu ordens de demolição de diversas casas no bairro.

Também foi aprovada a construção de um banheiro ritual, para uso dos visitantes judeus da "Cidade de David", conjunto de vestígios arqueológicos da época do rei David, informou Alalou.

Esse projeto público foi lançado pela organização nacionalista Elad, cujo objetivo confesso é reforçar a presença judaica nos bairros árabes de Jerusalém Oriental.

Silwan, que conta com 40 mil habitantes palestinos, está localizado abaixo da cidade velha de Jerusalém e é frequente cenário de tensões entre residentes palestinos e dezenas de colonos judeus que se instalaram nesse bairro.

Israel proclamou toda Jerusalém como sua capital "eterna e indivisível", enquanto os palestinos querem tornar Jerusalém Oriental, ocupada e anexada depois da Guerra dos Seis Dias (junho de 1967), a capital do Estado palestino.

Mais de 310 mil israelenses vivem nas colônias da Cisjordânia ocupada. Outros 200 mil instalaram-se em cerca de 12 bairros de colonização em Jerusalém Oriental, onde vivem 270 mil palestinos.

Com agências