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Rocinha recebe bailarinos do Teatro Municipal

Nesta terça-feira (27), os moradores da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, receberam uma visita especial. Os bailarinos do Teatro Municipal fazem um espetáculo pela primeira vez na comunidade, pacificada há pouco mais de um mês.

A quadra de esportes da principal rua da Rocinha foi transformada em teatro. A equipe do Municipal caprichou no cuidado com o palco, a iluminação, o som e a decoração com palmeiras.

No meio do burburinho das ruas da favela, o carro de som anuncia: “É isso mesmo, o balé do Teatro Municipal sobe a Rocinha”.

Em toda a comunidade era grande a expectativa de ver pela primeira os bailarinos do principal teatro do Rio dançando na Rocinha.

“Eu nunca vi balé assim”, contou uma menina.

Ao todo, foram exibidas cinco peças de balés diferentes: a sensualidade da cigana Carmen, o romance de Romeu e Julieta, o conto de Natal “Quebra- Nozes”. Cada balé vai ter um resumo da história feito pela bailarina Ana Botafogo. A ideia é celebrar com a comunidade da Rocinha e mostrar como a arte tem um poder de transformar.

“Temos muitos projetos que incluem o balé com crianças de comunidades que têm transformado não só a vida delas como a de suas famílias. Eu acho que tem trazido melhorias para todos”, diz Ana Botafogo.

No meio da tarde, os bailarinos fizeram um pequeno ensaio para o espetáculo da noite, que é uma promoção da Globo Rio. A bailarina Priscila Motta fez questão de registrar cada momento de um dia que para eles também é um marco, uma emoção diferente.

“É importante para a gente estar aqui fazendo parte dessa virada. É um recomeço para o pessoal da Rocinha. Acho que é uma honra para a gente fazer parte disso”, diz Priscila.

“É uma iniciativa bonita. Estamos trazendo um pouco da nossa arte para quem não tem acesso”, completa outra bailarina.

Os moradores chegaram muito cedo para garantir um dos 400 lugares na plateia. Até o camarote, que estava reservado para as autoridades, foi transformado em arquibancada popular. É tanta gente querendo assistir ao espetáculo que os bailarinos decidiram repetir a apresentação para quem ficou do lado de fora.

Com informações do G1