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Eleições legislativas do Irã têm 5.395 candidatos inscritos

As eleições legislativas no Irã terão ao menos 5.395 candidatos, informou neste sábado o ministro do Interior iraniano, Mustafá Mohammad Najjar, em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias iraniana "Irna".

Dentro do prazo legal, 5.405 candidatos registraram suas candidaturas em todo o país, mas até agora "dez pessoas se retiraram", detalhou Mohamad Najjar.

O ministro explicou que desses, 428 são mulheres, e acrescentou que o candidato mais jovem tem 30 anos e o de maior idade 74 anos.

De 24 a 30 de dezembro, o Ministério do Interior do Irã recebeu as inscrições dos interessados em concorrer ao pleito legislativo de 2 de março.
A oposição chamada de “reformista” não apresentará candidatos. O ex-presidente “reformista” Mohamad Khatami, que governou de 1997 a 2005, declarou à imprensa local que "os reformistas não podem e não devem ter candidatos", pois considerou que, nas atuais circunstâncias, "não faz sentido", mas acrescentou: "isso não significa o boicote às eleições".

Após o pleito presidencial de 2009, milhares de pessoas saíram às ruas no Irã, lideradas por Mousavi e Karroubi, para denunciar uma suposta fraude a favor de Ahmadinejad.

As autoridades reprimiram de forma violenta os protestos, com o saldo de 30 mortos segundo o governo e de 70 para a oposição. Milhares de advogados, jornalistas, professores, estudantes foram detidos, alguns até mesmo executados.

Agora no entorno do presidente, Mahmoud Ahmadinejad, surgiu um amplo grupo de parlamentares considerados ultraconservadores, que no início da legislatura apoiava Ahmadinejad, se transformou em seus maiores detratores dentro do regime e acusam o entorno do presidente de "desviacionismo" e de pôr em dúvida a preeminência do poder religioso no sistema.

Uma maioria de parlamentares se uniu ao redor do líder da Câmara, Ali Larijani, uma das principais figuras políticas do país e agora rival de Ahmadinejad, para formar o grupo dos "principalistas", a ala mais conservadora, que afirma defender a essência do regime islâmico.

Os principalistas pretendem unir-se em uma só frente para conquistar as 310 cadeiras que se espera resultem escolhidos no próximo pleito legislativo, em março de 2012, prévia para as presidenciais de 2013.

Está prevista a eleição de 310 deputados do Parlamento, embora antes da divulgação final das listas eleitorais, os candidatos devem passar por uma revisão de idoneidade e, finalmente, aprovados pelo Conselho de Guardiães da Revolução, formado por seis clérigos de alto categoria e o líder supremo, que também têm poder de veto sobre as leis aprovadas pelo Legislativo.

Com agências