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Presidente da Coreia do Sul fala em “diálogo” com o Norte

Coreia do Norte e Coreia do Sul estão vivendo um "ponto de inflexão", com "janelas de oportunidade" para o diálogo, disse nesta segunda-feira (2) o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak em um discurso de Ano-Novo.

Ao mesmo tempo que fez um aceno de diálogo, o sul-coreano fez uma provocação. Ele ressaltou, que seu país responderá "com firmeza" a eventuais provocações do vizinho do Norte que, desde a morte de Kim Jong-Il, se encontra sob a liderança de seu filho, Kim Jong-un.
"A situação na Península Coreana está agora entrando em um ponto de inflexão", disse Lee Myung-bak, no discurso transmitido pela TV. "Haverá uma nova oportunidade em meio a mudanças e incertezas."

Como nunca assinaram um acordo de paz desde a Guerra da Coreia, nos anos 1950, os dois países tecnicamente continuam em conflito. Lee Myung-bak destacou que a Coreia do Sul "mantém completa segurança nacional, enquanto houver possibilidade de provocação pelo Norte".

O presidente disse ainda que o principal objetivo de seu país é chegar ao equilíbrio na península – principalmente com a contenção das ambições nucleares da Coreia do Norte. Ele propôs a retomada das negociações para prover ajuda humanitária ao vizinho em troca de desarmamento.

Na sexta-feira (30), a Comissão de Defesa norte-coreana declarou que a comunidade internacional não deve esperar mudança nas linhas gerais do governo a partir da nova liderança. Kim Jong-un assumiu o poder após a morte de seu pai, Kim Jong-Il, no dia 17 de dezembro, aos 69 anos.

As autoridades de Pyongyang se ressentiram com seus vizinhos do Sul por não enviar uma delegação formal para prestar homenagem a Kim Jong-Il. Em sua mensagem de Ano-Novo, Kim Jong-un pediu aos norte-coreanos que se convertam em "escudos humanos" para defender o regime.

A Coreia do Sul é um país aliado do imperialismo estadunidense, que mantém na península cerca de 30 mil soldados e armas nucleares. Frequentemente as forças armadas da Coreia do Sul realizam manobras militares em conjunto com tropas dos Estados Unidos, numa clara ameaça de agressão ao vizinho do Norte.

Com agências