Farc propõe conversações de paz com o governo
O líder máximo do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Timoleón "Timochenko" Jiménez, demonstrou disposição para um possível "diálogo" com o presidente Juan Manuel Santos para colocar fim à luta armada.
Publicado 10/01/2012 11:26
Timochenko publicou um comunicado na noite desta segunda-feira (9) no site da organização expressando abertura para uma "mesa de conversação".
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Depois de elaborar uma lista de exigências políticas, sociais e econômicas a Santos, o líder da guerrilha afirmou que "esses (e outros?) assuntos similares, interessam-nos tratar em uma hipotética mesa de conversação com participação ativa dos afetados".
Timochenko também disse para o presidente colombiano "pôr em questão as privatizações, a desregulamentação, a liberdade absoluta de comércio e investimentos, a depredação ambiental, a democracia de mercado e a doutrina militar, e retomar a agenda pendente de El Caguán".
El Caguán é um pequeno povoado que, durante o governo de Andrés Pastrana (1998-2002), foi centro dos últimos diálogos de paz entre Bogotá e a guerrilha.
Segundo o líder das Farc, os conflitos armados não "terão solução enquanto não forem ouvidas nossas vozes".
Timochenko, cujo nome verdadeiro é Rodrigo Londono, foi designado chefe máximo das Farc no último dia 5 de novembro passado, após a morte de Alfonso Cano, ocorrida em uma operação militar.
Segundo informações do governo do presidente Juan Manuel Santos, o processo de negociação com as Farc para libertação unilateral de reféns está com data prevista para ser iniciada nesta terça-feira (10). Em sua mensagem de Ano-Novo aos colombianos, o presidente disse que, em 2012, iria intensificar a campanha contra o terrorismo.
Alé disso, o presidente colombiano falou em dezembro de 2011 sobre um eventual diálogo "cara a cara" com a cúpula da guerrilha, sem intermediários internacionais.
Com Agências.