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 “Genocídio e escravização consolidaram a riqueza dos EUA”

Em um painel sobre que debateu a pobreza, na Universidade George Washington, Michael Moore declarou que a rica classe empresarial dos Estados Unidos necessitam da probreza para sobreviver, especialmente dos negros”.

Por Christiane Marcondes*

“Suas botas estão sobre os pescoços dos negros, asfixiando-os desde os primórdios da nossa história”, disse Moore enquanto o auditório presente à palestra aplaudia. Continuou: “Esta é uma nação fundada sobre o genocídio e construída sobre as costas do escravos, assim demos início ao problema racial”.

“Este país nunca teria a riqueza que tem hoje se não mantivesse a escravatura por centenas de anos”, analisou. Moore debateu essa e outras questões com os demais companheiros de mesa, como o professor de Princeton, Cornel West, que qualificou a pobreza nos EUA como “moralmente obscena”, resumiu.

“Se se a pobreza atingisse apenas o negro, marrom ou roxo, essa gente estaria rodando em círculos no deserto da desatenção”, disse West, “porque enquannto houver um rosto negro ou marrom na pobreza, nós o ignoramos (…) Mas se o rosto do miserável é o de uma branco de classe média então a conversa muda para ´oh não, temos um problema agora e temos que lidar com ele”.

West avaliou que o movimento “Ocupar”, inciado em Wall Street, mostrou que existe a possibilidade de insurgir-se contra e falar sobre pobreza e desigualdade econômica. Ainda durante o evento, West e Moore incitaram o grupo de ouvintes a promover a revolução social e política a partir de movimentos de oposição às empresas estadunidenses.

O painel de debate foi patrocinado pelo apresentador de TV Travis Smiley, da emissora PBS, e transmitido pela TV pública.

*com informações do Cubadebate, reproduzido originalmente de El Correo del Orinoco