Roberto Monteiro emite nota sobre greve da polícia no Rio

 O vereador do PCdoB/RJ, Roberto Monteiro, expressou sua opinião sobre a greve das Polícias Militar e Civil no Rio de Janeiro.

ROBERTO MONTEIRO: REIVINDICAÇÕES JUSTAS NÃO PODEM COLOCAR EM RISCO A SEGURANÇA DA POPULAÇÃO 

O Estado do Rio de Janeiro, e principalmente sua capital, amanheceram hoje (10/02) impactados pela anunciada greve dos policiais civis e militares, além dos bombeiros.

A questão da segurança pública, ou da falta dela, sempre foi um tema que angustiou os cariocas, mesmo quando as forças de segurança funcionam a todo vapor. Agora, diante desta paralisação, é de se imaginar o quanto o cidadão está preocupado com sua segurança e a de sua família.

Não se pode negar que policiais e bombeiros recebem salários aviltantes e que suas reivindicações são legítimas. Quando sabemos que o Estado de Sergipe (19 bilhões de PIB), paga R$ 3 mil de piso aos seus PMs, não podemos realmente nos conformar que o poderoso estado do Rio de Janeiro (354 bilhões de PIB), pague apenas pouco mais de mil reais.

No entanto, acima de tudo está o direito da população à segurança.

Por isso devemos, neste caso, esgotar ao limite a possibilidade de negociação.

Nesta greve, não estão em jogo apenas as legítimas aspirações corporativas de um segmento, mas o próprio direito primário de ir e vir em segurança.

Será inadmissível, por exemplo, assistir no Rio de Janeiro as cenas que ocorreram em Salvador, quando parte do movimento grevista degenerou em banditismo puro e simples, com policiais armados atacando ônibus e intimidando a população.

Este caminho, se for percorrido, representará a inviabilização de qualquer negociação viável, isolará o movimento e o condenará a derrota.

O Estado do Rio, e principalmente sua capital, vê com muitos bons olhos a valorização da segurança pública, com mais investimento em treinamento, equipamentos e salários, mas ao mesmo tempo não aceitará que a polícia abra mão de seu dever, ignorando completamente os direitos da sociedade que a sustenta.

Torna-se imperativo, da parte do governo, manter a porta aberta ao diálogo, e da parte dos policiais e bombeiros, ter a responsabilidade de agir sempre como mantenedores da segurança coletiva, pois em greve ou não, esta é uma atribuição que não pode deixar de existir.

Roberto Monteiro é vereador da Cidade do Rio de Janeiro pelo PCdoB