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“Não queremos destruir, mas sim preservar”, afirma dirigente

“Ter um chão para morar e terra para plantar e sobreviver”. Essa é a bandeira de luta levantada pelo Movimento de Luta pela Terra (MLT), que em marcha à zona rural, realizou, nesta quarta-feira (22), sua quarta ocupação em área improdutiva no estado de Alagoas.

Segundo informações da imprensa alagoana, cerca de 70 famílias se mobilizaram e ocuparam, pacificamente, a Fazenda Santo Amaro, em Ipioca, no interior de Alagoas.

Segundo nota do MLT, a área ocupada está abandonada e faz parte do terreno que compõe a fazenda Santo Amaro. Eles também informaram que estão abertos ao diálogo e que querem negociar com o proprietário e com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para obter a terra formalmente.

“Temos informações extra-oficiais de que o proprietário estaria interessado em receber indenização e desapropriar a fazenda para fins de reforma agrária. Nossa intenção não é tomar nada de ninguém, nem destruir nada, mas, antes, preservar e cuidar bem, até porque não deixa de ser uma benfeitoria para nós mesmos”, disse o coordenador estadual do MLT, Ademir Ferreira de Souza.

O dirigente acrescentou que a extensão da fazenda responde aos pré-requisitos exigidos pelo Incra para a reforma agrária, com módulos a partir de 200 hectares para a região do Litoral.

Segundo Ademir, o MLT incentiva o trabalho coletivo, em mutirão, mas deixa os integrantes livres para atuarem de forma individual.

“O objetivo da gente é, em primeiro lugar, ter um chãozinho para morar e, se puder, ter terra para plantar e sobreviver. Nossa intenção é esperar já as primeiras chuvas de março para plantar alguma coisa, milho, feijão”, finaliza o dirigente.

Com informações da Gazeta de Alagoas