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Síria condena resultados de reunião de "supostos amigos"

A Síria rechaçou e condenou "tudo o que se disse, decidiu e anunciou" em uma reunião que teve lugar na Tunísia, que descreveu como “encontro de inimigos”.

Os meios de comunicação do país se dedicam neste domingo principalmente à cobertura do referendo constitucional mas comentam também a posição do governo sírio sobre a chamada reunião dos “Amigos da Síria”, encabeçada pela secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, assim como os enviados da Arábia Saudita e do Catar, na qual voltaram a ameaçar com mais sanções e renovaram a disposição de ajudar os grupos armados.

Rússia, China, Líbano e outros países rechaçaram o convite para participar por considerar que nela se voltaria a conclamar uma maior intromissão nos assuntos internos de um país soberano, coisa que esses países rechaçam.

Para Damasco, esse encontro e seus resultados são "o fracasso dos planos dos que conspiram contra a Síria e seu povo" e denuncia simultaneamente os chamamentos a financiar os bandos armados, o que constitui "apoiar o terrorismo e prejudicar diretamente os interesses do povo sírio".

O encontro foi patrocinado pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, e custeado pela Arábia Saudita, com a Tunísia atuando como sede.

O governo sírio considera ainda que o discutido e anunciado no encontro da Tunísia é uma flagrante interferência nos assuntos internos do país, ao tempo em que agradeceu o gesto do povo tunisiano que se manifestou por meio de centenas de pessoas em frente ao local da reunião para expressar seu repúdio pela sua realização no país.

Com bandeiras da Síria, da Tunísia e cartazes com fotos do presidente Bashar Assad, centenas de manifestantes se concentraram em frente ao hotel onde teve lugar o encontro na sexta-feira (24), e inclusive muitos dos participantes trataram de ingressar no prédio.

As autoridades afirmam que os sírios estão conscientes de que os assassinatos, destruição, a distorção midiática, o fomento da sedição e a conspiração foram aumentando na medida em que avançava o processo de reformas.

O governo sírio insta a todos os que usam armas contra civis inocentes e invadem escolas para interromper os estudos de crianças e jovens a que caiam na razão e deixem de destruir seu país, porque os únicos beneficiados com isso são os inimigos da Síria e da nação árabe.

Prensa Latina