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Israel e Resistência palestina de Gaza acertam trégua

Israel e os grupos da Resistência palestina de Gaza acertaram uma trégua na noite de segunda-feira (12), depois de quatro dias de ataques aéreos israelenses, que deixaram 25 palestinos mortos, e de disparos de foguetes contra o território israelense.

O ministro Defesa Civil do governo agressor israelense, Matan Vilnai, informou que existe um acordo sobre um cessar-fogo para suspender as confrontações na Faixa de Gaza iniciada na sexta-feira.

"De fato há um acordo, e acompanhamos o que acontece no local", afirmou Vilnai à rádio estatal, sem revelar mais detalhes, antes de ressaltar que "aparentemente a tendência é de calma".

O representante do governo sionista voltou a atacar os palestinos como “terroristas” e ameaçou dizendo que os grupos armados da Resistência estão “na mira” de Israel.

O grupo Jihad Islâmica – cujo braço armado, as Brigadas Al Qods, perdeu 14 combatentes nos ataques e reivindicou a maioria dos disparos contra Israel – confirmou o cessar-fogo, mas recordou que a condição para o acordo é que a trégua seja recíproca.

"Aceitamos um cessar-fogo se Israel aceitar sua aplicação com o fim de seus ataques e assassinatos", afirmou o porta-voz do grupo, Daud Shehab.

Por sua vez, o chefe do Estado-Maior do governo expansionista e colonialista de Israel, o general Benny Gantz, disse à rádio pública que, "se os terroristas mantiverem a calma, faremos o mesmo. Se efetuarem disparos, responderemos. Tudo depende deles".

Horas antes, uma fonte da inteligência egípcia havia anunciado um cessar-fogo "completo e recíproco" entre Israel e palestinos após quatro dias de violência.

"Um acordo completo e recíproco para acabar com as hostilidades atuais entre as duas partes, incluindo a suspensão dos assassinatos, entrou em vigor na madrugada desta terça-feira", revelou a fonte, envolvido na mediação egípcia para acabar com a violência na Faixa de Gaza.

O funcionário, que pediu para não ser identificado, destacou que o Egito ficará encarregado de monitorar o cessar-fogo.

O funcionário egípcio revelou que o acordo é resultado de uma série de "intensos contatos" do Cairo com ambas as partes para "deter as operações militares contra a Faixa de Gaza e acabar com o derramamento de sangue na Palestina".

O grupo Hamas, no poder em Gaza, se comprometeu durante as negociações mediadas por funcionários egípcios em restabelecer a trégua no território que governa, mas não fez maiores comentários.

O novo ciclo de violência foi desatado na sexta-feira com o assassinato de Zuheir al Qaissi, chefe dos Comitês de Resistência Popular (CRP), acusado por Israel de preparar um atentado. Qaissi morreu quando a motocicleta em que viajava foi atacada por um avião de combate israelense.

No total, 25 palestinos foram assassinados mortos por Israel desde o início dos ataques, na sexta-feira passada, que deixaram ainda 83 feridos.

Os grupos armados da Resistência palestina de Gaza dispararam cerca de 200 foguetes contra Israel, ferindo ao menos cinco pessoas.

O Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e a ONU), que na segunda-feira (12) se reuniu em Nova York pela primeira vez em seis meses, expressou sua profunda preocupação ante a recente escalada de violência e pediu calma às duas partes.

Com agências