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Rússia: Estados Unidos devem pressionar oposição síria

Os Estados Unidos e outras nações relacionadas com diferentes círculos da oposição síria devem pressioná-la a pôr fim às hostilidades, declarou nesta terça-feira (10) o ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

Após reunir-se com seu colega sírio, Walid al-Moallen, o diplomata russo considerou que os estados citados ao invés de apontar o tempo todo para a Rússia e a China, deveriam usar sua influência para obrigar seriamente a que todas as partes sírias deixem de combater.

Na verdade, sublinhou Lavrov, nossos sócios da Organização do Tratado do Atlântico Norte, ainda não informaram nada sobre suas ações bélicas na Líbia e as consequências que a ainda latente crise nessa nação tem para o restante dos estados do norte da África.

Por sua vez, al-Moallen esclareceu que seu governo nunca exigiu uma confirmação por escrito do cessar fogo, nem à oposição armada nem aos estados estrangeiros que a promovem.

A esse respeito, Lavrov esclareceu que nas conversas oficiais com seu similar sírio esteve ausente o tema das garantias escritas.

O ministro russo do Exterior anunciou que as tropas sírias já iniciaram o cumprimento do plano de seis pontos do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, que inclui, entre outros aspectos, a retirada do Exército das cidades.

Lavrov assinalou que recebeu confirmações do cumprimento pelo Governo de pontos do plano de Annan, relacionados com o uso de técnica bélica pesada pelas forças armadas sírias nos povoados.

Da mesma forma, o diplomata indicou que esta jornada abordará com Annan sua avaliação de como se cumpre o referido programa. Nesse mesmo sentido também se pronunciou o ministro sírio.

Lavrov que rechaçou a possibilidade de interpretações diferentes do plano do enviado especial, pois esse documento foi respaldado pela ONU e de nenhuma forma pode-se vê-lo sob outro prisma, opinou.

Agora o mais importante é evitar mais vítimas e não precisamente determinar quem é o responsável pelo conflito, estimou Lavrov, que esclareceu que na resolução do Conselho de Segurança da ONU não existem nem ameaças nem ultimato.

O conselho nesta ocasião não exigiu, senão recomendou a ambas partes enfrentadas colocar fim aos combates e se referiu a retirada do Exército, pois o cessar definitivo do fogo deve ser monitorado internacionalmente, esclareceu.

Ao mesmo tempo, o ministro russo confirmou a intenção de Moscou de enviar observadores à Síria como parte da missão estrangeira de monitoramento.

Fonte: Prensa Latina