Greve massiva no Reino Unido contra reformas na previdência

Milhares de trabalhadores públicos no Reino Unido tomaram nesta quinta-feira (10) as ruas do país em uma greve de 24 horas para protestar contra os planos propostos pelo Governo para reformar o sistema de previdência.

De acordo com líderes sindicais, cerca de 400 mil empregados, entre eles policiais e trabalhadores do setor de imigração, se uniram ao protesto e expressaram seu descontentamento pelas mudanças que lhes obrigariam a trabalhar mais anos e receber menos uma vez aposentados.

Para o secretário geral do sindicato do setor público Unite, Gail Cartmail, a greve evidencia o alto nível de descontentamento entre os trabalhadores que, pela terceira vez em seis meses, vão à greve contra o projeto governamental.

Cartmail, em nome dos empregados, comentou que o Governo ataca suas aposentadorias como maneira de ajudar a reduzir o déficit orçamental.

A dívida fiscal que afeta a economia britânica foi gerada pela cobiça de uma elite da City, afirmou o dirigente sindical em referência aos banqueiros.

Na nação europeia, o déficit orçamental atingiu em março deste ano 6,4% do Produto Interno Bruto.

O governo de coalizão formado por conservadores e liberal-democratas tentou tirar a importância da greve desta quinta ao considerá-la "sem sentido".

Segundo o chamado ministro do gabinete, Francis Maude, o Executivo continuará com a reforma, que prevê o aumento das contribuições e da idade de aposentadoria de 65 a 67 anos para 2028, agregou.

Apesar da rejeição popular a essa medida, a rainha Elisabeth II confirmou ontem perante o Parlamento que o projeto é uma das prioridades para esse ano.

Fonte: Prensa Latina