Irã expulsa diplomata acusado de abuso a meninas no Brasil

O diplomata iraniano Hekmatollah Ghorbani, 50 anos, foi expulso do Ministério de Relações Exteriores após uma investigação sobre acusações de abusos sexuais no Brasil. Em nota oficial, o governo iraniano afirmou que "seu comportamento era contrário ao regulamento administrativo e à conduta profissional e islâmica". A resposta vem depois da pressão do Itamaraty, que pediu ao país persa que o representante fosse retirado do Brasil sob pena de declará-lo persona non grata.

"Após uma investigação sobre as infrações do funcionário da embaixada da República Islâmica no Brasil, foi concluído que seu comportamento era contrário ao regulamento administrativo e à conduta profissional e islâmica", afirmou a íntegra do texto.

"Por esse motivo, foi condenado à expulsão do Ministério de Relações Exteriores", acrescentou o comunicado. O diplomata, que se estava em Brasília, teve que ir ao Irã durante a investigação.

Em abril, a Polícia Federal acusou o diplomata de ter abusado de quatro meninas, entre 9 e 15 anos, em um clube de Brasília. Pelo Código Penal, o ato é qualificado como estupro. Segundo depoimento dos pais das meninas, ele tocava as partes íntimas das garotas enquanto mergulhava na piscina.

Em depoimento, o diplomata negou as acusações. A embaixada do Irã em Brasília afirmou que o assunto foi apenas "um mal entendido devido às diferenças culturais de comportamento".

Com agências