Parada GLBT de SP contesta contagem divulgada pelo PIG

O presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, Fernando Quaresma,  se surpreendeu com o resultado da contagem feita pelo Datafolha, que apontou 270 mil pessoas na 16º Parada do Orgulho GLBT, ontem no centro da capital paulista. o evento realizado ontem (10). Segundo os organizadores, cerca de 4 milhões estiveram presentes.ada vez mais coloridos, os participantes da 16º Parada do Orgulho LGBT de São Paulo tomaram conta das principais avenidas centrais da cidade.


foto: SPpressoSP
 

"Ah, isso não aconteceu mesmo, 270 mil pessoas tem o Anhangabaú na feira que fizemos. Na extensão da Paulista e da Consolação não tinha só isso de gente. Esse é um número lá de trás, das primeiras paradas, 2002, 2003. Agora é impossível", disse.

O Partido da Imprensa Golpista (PIG) publicou matéria nesta segunda-feira (11) sobre a contagem "cientírica" e "inédita" do Datafolha, que diz ter entrevistado 3.326 durante todo o evento. Segundo o levantamento, 40% do público era de fora da cidade de SP e 1% dos presentes eram estrangeiros. O levantamento aponta que o ponto alto da parada foi por volta das 16h, quando havia uma concentração maior de pessoas.

Cada vez mais coloridos, os participantes da Parada tomaram conta das principais avenidas centrais da cidade. Personagens de contos de fada, quadrinhos, cinema e até da vida real tomaram conta da Avenida Paulista levando o tema deste ano estampado nas roupas, faixas e cartazes: "homofobia tem cura".

Segundo ele, o evento deste ano foi um dos melhores já realizados. "Foi excelente. Poderia ser feito muito mais coisa, mas falta à iniciativa privada acabar com o preconceito", afirmou.

Para o organizador, setores como da hotelaria, do ramo de alimentação e as casas noturnas poderiam contribuir com a comunidade LGBT. "Trazemos uma divisa grande para a cidade de São Paulo e, em troca, o que nós temos? Nada. A prefeitura faz um aporte não financeiro, mas de logística. O Estado também.", explicou Fernando Quaresma.

O presidente da associação que promove o megaevento lembrou das vitórias obtidas pelo movimento, como a pensão por morte de um companheiro ou companheira do mesmo sexo, o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo e o reconhecimento de parceiros como dependentes nos planos de saúde.

O organizados também criticou políticos e comerciantes por falta de apoio para a realização do evento. Ele afirmou que os políticos precisam ver os integrantes da comunidade LGBT como cidadãos, não como consumidores.

“Todo mundo é igual, todos os cidadãos são iguais, independente de crença raça, preferência sexual, então, por isso que eu estou aqui”, diz o estilista Alexandre Herchcovitch.

Gente bonita com clima de paquera? Também tinha. Mas uma boa parte estava lá para se divertir e dançar ao som dos trios e se manifestar contra a homofobia. Famílias inteiras presentes assistiram ao desfile de miss e performances de travestis e drag queen.

Com Folha de S. Paulo