Inclusão digital ainda precisa avançar no Distrito Federal

O governo anunciou a distribuição de 600 mil tablets para professores do Ensino Médio da rede pública de ensino.

Porém, projetos antigos ainda estão engatinhando, como o Um Computador por Aluno (UCA), que tem como objetivo ser um plano educacional utilizando tecnologia e inclusão, distribuindo computadores portáteis para alunos e professores da Educação Básica.
As unidades da rede de escola pública não possuem estrutura adequada para fazer com que os alunos tenham acesso ao computador e à internet. Muitas não têm laboratórios, professores específicos e equipamentos. E as que possuem algum computador sofrem com problemas como falta de manutenção.

Falta aulas e infraestutura

Não há aula de informática em 64 escolas públicas do DF, como no Centro de Ensino Fundamental 08 do Gama. “Não tínhamos professor, mas já foi providenciado e as aulas deverão iniciar em breve. O problema é que não temos manutenção, ninguém nos oferece esse apoio e nem temos verba para investir nisso. A inclusão digital nas escolas é bem complicada, não tem uma que esteja funcionando”, afirma o vice-diretor Wilson Tiago.E os alunos também reclamam, sentem falta de um espaço ideal para estudar e acessar a internet. “

No Centro Educacional 104 do Recanto das Emas, a situação não é diferente. De acordo com um funcionário que preferiu não se identificar, o laboratório da escola foi montado com a ajuda de voluntários, mas está inativo por falta de recursos. “Quando ele começar a ser usado, vai ter que ser pelos professores mesmo, pois não temos um monitor de informática. Além disso, não tem equipamento suficiente para cada aluno. Eles terão de se revezar”, afirma.