Fetag-BA: Agricultura Familiar totaliza 70% da produção do país

De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia (Fetag-BA), a Agricultura Familiar responde por cerca de 70% de todo o alimento produzido no Brasil. Por conta disso, é importante fortalecer, cada vez mais, esse potencial com a garantia de políticas públicas no sentido de consolidar as famílias do campo, afirma o presidente da entidade, Cláudio Bastos.

“A Segurança e Soberania Alimentar brasileira tem, atualmente, uma participação significativa na Agricultura Familiar, que é composta por trabalhadores rurais, assentados da reforma agrária, ribeirinhos, comunidades quilombolas, entre outros”, informa o atual presidente da Fetag-BA.

Com esse viés, foi lançado um edital pelo governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes-BA), que vai selecionar um projeto que estimule a produção, comercialização e consumo de alimentos em áreas urbanas e periurbanas da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

O Programa de Agricultura Urbana e Periurbana (Paup) visa fortalecer a produção agrícola nas cidades que possuem uma demanda diária por produtos frescos e processados. Dessa forma, irá contribuir para a segurança alimentar e nutricional das famílias de baixa renda. O projeto selecionado vai implantar 69 empreendimentos como hortas, unidades de criação de pequenos animais e central de produção de insumos agrícolas.

Além disso, os recursos serão destinados para a formação de 750 agricultores em cursos de manejos agroecológicos e prestação de assistência técnica para 1000 agricultores urbanos e periurbanos, cadastrado no Cadúnico. A iniciativa conta com investimento na ordem de R$ 391.071,28, através de parceria da Sedes-BA com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Com a ação, é pretendido promover a autonomia e segurança alimentar e nutricional das famílias em situação de vulnerabilidade situadas na RMS, com o cultivo de produtos para o próprio consumo e à geração de renda com a comercialização de excedentes. O cultivo acontecerá em pequenos espaços em quintais, áreas escolares, associações comunitárias de bairros centrais e periféricos, além de áreas dos terreiros de candomblé e quilombos urbanos.

Em relação a esta iniciativa, Cláudio Bastos acredita que o Edital representa um grande passo para o fortalecimento da Segurança Alimentar e inclusão social dessas famílias. “Temos um grande potencial hoje de produção de alimentos nos quintais urbanos como, por exemplo, as Comunidades Quilombolas Urbanas, Terreiros e demais outros lugares que precisam de incentivo”, concluiu.

De Salvador,
Ana Emília Ribeiro