Chanceler iraniano crê em restauração de estabilidade na Síria

O Irã expressou nesta terça (31) a esperança de que, em breve, seja restaurada a estabilidade na Síria, e criticou novamente toda intervenção estrangeira na crise, justo quando se descobriu que curdos sírios receberam treinamento militar no Curdistão iraquiano.

O chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, afirmou em conversa telefônica com seu similar da Suécia, Carl Bidt, que os países amigos da Síria e amantes da paz e da estabilidade no Oriente Médio devem comprometer-se com uma solução negociada e rechaçar a violência.

Segundo o escritório de imprensa do Ministério de Relações Exteriores, o ministro manifestou a disposição de "se criarem as condições apropriadas para um diálogo entre o governo sírio e os dissidentes (opositores), destinado a buscar caminhos para sair do atual status".

A postura de Teerã insere-se no princípio de que os sírios devem solucionar por si sós seus problemas, sem interferência estrangeira e sem o fornecimento de armas aos grupos opositores, tarefa liderada no mundo árabe pela Arábia Saudita e pelo Catar, indicaram fontes locais.

Salehi afirmou no domingo que o regime sionista de Israel defende um contínuo caos e o colapso do governo legítimo sírio, tendo fomentado complôs com o apoio dos Estados Unidos e de outras potências ocidentais.

Ao falar em uma coletiva de imprensa em Teerã junto a seu homólogo sírio, Walid Al-Moallem, o ministro iraniano considerou "surpreendente" que enquanto Israel fomenta sabotagens e atos ilegais na Síria, "certos governos na região dão sua aprovação a tais conspirações".

Damasco é de significativa importância para a região e é o máximo apoiador do movimento de resistência à ocupação israelense, enfatizou Salehi ao exortar as nações da zona a que "ajudem a neutralizar os complôs tramados contra o governo sírio".

Fonte: Prensa Latina