Professores de federais querem intensificar greve

Comunicado do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) recomenda aos professores a intensificação e a radicalização da greve iniciada há quase três meses para convencer o governo federal a reabrir negociação, encerrada no final de julho sem acordo em torno da proposta de reajuste salarial.

Greve das federais

A orientação é para que seja amplificada a argumentação de que o governo peca pelo descaso com as políticas sociais e pelo desrespeito aos servidores públicos, unindo-se às manifestações das demais categorias paralisadas. A leitura do Andes é de que a manutenção da greve na grande maioria das instituições é a demonstração de que a tática do Ministério do Planejamento fracassou.

A associação de docentes demonstra especial irritação com o acordo firmado apenas pela Federação e Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), e rejeitado por parte dos trabalhadores de sua base de atuação. Para o Andes, trata-se de uma entidade “não representativa”, o que configurou uma prática “antissindical” do governo na tentativa de dar fim à paralisação. “Os termos do acordo não atendem a nossa pauta de reivindicações, aumentam as distorções existentes e aprofundam a retirada de direitos”, diz carta emitida nesta sexta-feira (10) pela entidade.

O documento afirma ainda que existe uma tentativa de isolar o Andes por meio de negociações com outras categorias da educação pública federal e por pressões pela retomada do calendário acadêmico. “Há que saudar a firmeza da categoria na defesa de suas justas reivindicações,uma vez que após 84 dias mantém uma intensa e vigorosa greve. Ao mesmo tempo, estamos diante de um governo com alto grau de centralização interna e extremamente duro com o movimento sindical combativo”, continua a entidade.

O governo argumenta que todas as propostas devem estar aprovadas até 31 de agosto, prazo para votação do Orçamento de 2013 no Congresso. O reajuste salarial encaminhado ao Legislativo varia de 25% a 40%, de acordo com a categoria docente, até 2015.

Fonte: Rede Brasil Atual