Vanessa quer vacina contra HPV no SUS para meninas de 9 a 13 anos

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado reúne-se nesta quarta-feira (29), quando poderá votar o projeto que determina a imunização contra o papilomavírus humano (HPV) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 13 anos. O projeto, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), já foi aprovado na Comissão de Direitos Humanos e de Legislação Participativa (CDH) e receberá decisão terminativa da CAS.

O texto inicial do projeto de lei do Senado previa imunização para as mulheres de 9 a 40 anos. A relatora da matéria, senadora Marta Suplicy (PT-SP) redefiniu a faixa etária de 9 a 13 anos como grupo prioritário para vacinação contra o vírus HPV. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), argumentou a relatora, a vacinação em meninas nessa faixa etária é mais eficaz e representa maior economia para a saúde pública.

Segundo a OMS, 90% dos cânceres do colo do útero são causados pelo vírus HPV. E existem mais de 30 tipos de HPV, dos quais 13 causam câncer. No Brasil, aproximadamente 11 milhões de mulheres são infectadas com HPV e menos de 10% delas desenvolvem câncer de colo de útero. No entanto, das que adquirem a doença, 26% são vitimadas.

O projeto ainda determina que a vacinação priorize regiões com menor cobertura de exames de prevenção contra o câncer de colo do útero. E também reforça a necessidade da realização de procedimentos de prevenção, como o exame papanicolau, bem como ações de combate ao câncer de colo de útero.

Cirurgia reparadora

Outra proposta que pode ser votada em decisão terminativa pela CAS é o projeto que estabelece o direito à cirurgia plástica reparadora logo em seguida à intervenção cirúrgica oncológica para mulheres que tiverem mamas mutiladas devido ao procedimento contra o câncer. A plástica só não será realizada se houver contraindicação médica ou recusa da paciente.

Também de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o texto estabelece que a cirurgia reparadora seja feita em ambas as mamas se for o caso, garantindo simetria e reconstrução de aréolas e mamilos.

O direito à cirurgia de reconstrução já é garantido por lei aprovada em 1999. A as filas de espera nos hospitais públicos para a realização do procedimento podem durar até cinco anos depois da cirurgia para retirada do câncer de mama, ressalta a senadora Ângela Portela (PT-RR), relatora do projeto. Daí a necessidade de o projeto estabelecer que a cirurgia reparadora seja realizada logo depois da oncológica, sempre que possível.

De acordo com Vanessa Grazziotin, o projeto está de acordo com procedimentos recomendados pela Sociedade Brasileira de Mastologia, que indica a imediata reconstrução da mama.

Fonte: Agência Senado