SPM oferece apoio para investigar caso de estupro na Bahia

"Estupro é todo o ato sexual sem consentimento da vítima. É inaceitável que a palavra das mulheres seja posta em descrédito", afirma a secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) , Aparecida Gonçalves, ao anunciar apoio ao poder público de Ruy Barbosa (BA), na investigação dos crimes de estupros cometidos por integrantes da banda de música New Hit contra duas jovens de 16 anos. 

Em sucessivos contatos com a Secretaria das Mulheres da Bahia, Aparecida Gonçalves reiterou o apoio do governo federal nas investigações do caso, em especial na segurança das jovens ameaçadas de morte. Aparecida sugeriu o envio de equipe da SPM estadual e do Ministério Público ao município de Ruy Barbosa, a fim de verificar as condições necessárias para garantir a integridade física e psicológica das jovens.

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"É inaceitável que a palavra das mulheres seja posta em descrédito, como chegou a acontecer após a divulgação dos boletins de ocorrência. Quando isso acontece, trata-se de novas práticas de violências contra as mulheres", afirma Aparecida Gonçalves.

Nesta segunda-feira (3), o laudo pericial divulgado pela Polícia Civil de Ruy Barbosa comprovou as informações prestadas pelas jovens e a caracterização do crime de estupro, que teria sido cometido por nove músicos e um policial durante uma micareta no interior da Bahia.

A secretária nacional aponta a importância da mobilização dos poderes públicos para o enfrentamento à violência contra as mulheres na Bahia. "Não podemos deixar que casos como esse fiquem impunes. É preciso agir com rigor e responsabilizar os agressores. Somente com uma rede de atendimento à mulher em situação de violência forte e a correta punição dos agressores, poderemos reduzir os altos índices de violência sexual", salienta a secretária da SPM.

Em entrevistas concedidas a emissoras de rádio e jornal da Bahia, no sábado (1º) e nesta segunda-feira (3), a secretária da SPM destacou o suporte do poder público dado ao caso, sobretudo o prestado pela Secretaria das Mulheres da Bahia. "Os serviços públicos e a rede de atendimento à mulher em situação de violência têm utilizado o aparato necessário, como delegacia, conselho tutelar, juizado e ministério público", avalia Aparecida Gonçalves.

O caso de estupros das jovens provocou um recorde de envio de denúncias para a Ouvidoria da Mulher, da SPM. São mais de 300 registros – até então a média havia sido de 50 denúncias sobre um mesmo caso.

Da Redação em Brasília
Com informações da SPM