Bolsa-Atleta terá categoria pódio e técnico

O Plano Brasil Medalhas 2016 institui o Programa Pódio, que inclui nova categoria no Bolsa-Atleta – a Bolsa-Pódio – e cria a Bolsa-Técnico, ao regulamentar instrumentos previstos na Lei 12.395, sancionada em março de 2011.

Os beneficiados do Pódio serão atletas de modalidades individuais que, entre outros critérios, estejam situados entre os 20 melhores do ranking mundial e com reais chances de medalhas. Eles receberão até R$ 15 mil mensais e, seus treinadores e equipe multidisciplinar (preparador físico, nutricionista, atleta-guia) receberão até R$ 10 mil mensais.

O Brasil Medalhas também prevê recursos para aquisição de equipamento esportivo (até R$ 20 mil por atleta) e apoio a treinamento e competições no Brasil e no exterior, por meio do pagamento de custos com diárias e passagens.

As demais categorias do Bolsa-Atleta (Estudantil, de Base, Nacional, Internacional e Olímpica e Paraolímpica) serão mantidas com os critérios atuais e dentro do orçamento regular do Ministério do Esporte.

Atletas

A velocista Terezinha Guilhermina aprovou a possibilidade de estender os recursos para seu guia Guilherme de Santana, que a acompanhou nas conquistas das duas medalhas de ouro, nos 100m e nos 200m T11 do atletismo em Londres. “Com esse incentivo, vamos poder nos dedicar mais aos treinos e trazer mais medalhas em 2016”, diz.

A atleta Yane Marques, que conquistou a medalha de bronze inédita para o Brasil no pentatlo moderno em Londres, ressaltou a importância do investimento para a manutenção dos competidores de alto nível. “Em Londres, fiz o que tinha sido planejado por mim e por minha equipe. Espero que mais atletas tenham esse apoio que eu tive para chegar a medalhas, que inclui planejamento técnico, equipe em sintonia. Espero que as condições que tive em meu treinamento para Londres se estendam para centenas de atletas. Estamos no caminho certo”, avalia. Para ela, investir em mais talentos permite alcançar as metas previstas no plano. “O pentatlo precisa muito de atletas treinando. Nas últimas Olimpíadas, tivemos somente um ou dois brasileiros no pentatlo e precisamos aumentar esse número”, disse.

Estatais

Ao todo, oito empresas estatais apoiarão modalidades esportivas em formato diferente do patrocínio que a maioria delas já dá a vários esportes. O novo apoio será focado na preparação de atletas e seleções para os Jogos Rio 2016.

O Banco do Brasil irá apoiar a vela, vôlei de praia, vôlei e pentatlo moderno e, juntamente com os Correios, o handebol. Os Correios também investirão na natação, águas abertas (maratona aquática) e tênis.

O Banco do Nordeste (BNB) se concentrará no triatlo e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apoiará a canoagem e o hipismo. A Caixa dará patrocínio ao atletismo, ciclismo BMX, futebol feminino, ginástica, lutas, modalidades paraolímpicas e tiro esportivo. A Eletrobras irá dar sustentação aos times de basquetebol e a Petrobras, ao boxe e taekwondo. Juntamente com a Infraero, a estatal de petróleo vai ajudar os lutadores de judô.

Execução do Plano será feita de forma integrada

A gestão dos recursos do Plano Brasil Medalhas 2016 será realizada de forma integrada pelo Ministério do Esporte, os comitês Olímpico e Paraolímpico, as confederações e as estatais. Faz parte dos objetivos dessa integração o apoio ao aprimoramento da gestão das confederações esportivas.

O ministério, comitês, confederações e entes públicos elaborarão, em conjunto, um Plano Esportivo e de Investimento, que deverá ser aprovado até dezembro de 2012. A formalização dos convênios com confederações e entes públicos, além da lista de atletas inscritos no Programa Pódio, deverá ser finalizada em janeiro de 2013.

Comitê

Por meio de decreto foi criado o Comitê Gestor dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio de Janeiro. A estrutura, que funcionará de forma semelhante ao Comitê Gestor da Copa e reunirá os ministérios envolvidos na organização dos jogos, sob coordenação do Ministério do Esporte.

Fonte: Boletim Em Questão