Petroleiros param por 24 horas para reivindicar ganho real

Oitenta mil petroleiros, que atuam na Petrobras e Transpetro (subsidiária) fazem uma paralisação de advertência de 24 horas a partir da zero hora desta quarta-feira (26). A rejeição da atual proposta da empresa e greve temporária foi decidida em assembleias realizadas até terça (25) pela grande maioria dos trabalhadores, que seguiram a orientação da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Não haverá trocas de turnos nas refinarias, terminais, termoelétricas, usinas de biodiesel e áreas de produção terrestre. Nas plataformas marítimas, os trabalhadores suspenderão as emissões de Permissões de Trabalho e nos escritórios administrativos, a orientação é de que ninguém entre para trabalhar.

A greve de 24 horas foi indicada pela FUP para pressionar a Petrobrás a apresentar uma nova proposta que contemple as principais reivindicações dos petroleiros. A proposta da empresa é de 6,5% de reajuste, com ganho real entre 0,9% e 1,2%.

Na sexta-feira (28), o Conselho Deliberativo da FUP se reunirá para discutir um calendário de luta mais contundente. Bancários e trabalhadores dos Correios já estão em greve em todo o país. Portanto, se a Petrobrás não apresentar uma nova proposta com avanços significativos, os petroleiros poderão ser a próxima categoria a cruzar os braços por tempo indeterminado.

Greve já começou em MG

Os trabalhadores da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais, decidiram em assembleia antecipar a greve para a tarde de hoje (25). Não houve substituição do grupo de turno que entrou às 07h30 desta manhã. A troca seria efetuada às 15h30, mas os trabalhadores decidiram iniciar a greve e não foi realizada a substituição. As demais bases de Minas Gerais (Termelétrica Aureliano Chaves e Usina de Biodiesel de Montes Claros) somam-se a greve a meia noite.

Com informações da FUP