Brasil e Reino Unido fecham acordo de coprodução cinematográfica

A ministra da Cultura Marta Suplicy e o ministro adjunto de Comércio e Investimentos do Reino Unido, Lorde Green de Hurstpierpoint, formalizaram, na última sexta-feira (28), em Brasília, o acordo bilateral de coprodução cinematográfica entre Brasil e Reino Unido, fortalecendo o intercâmbio comercial e cultural entre as nações.

O acordo está baseado no potencial existente para a cooperação entre as indústrias cinematográficas dos dois Países por compartilharem características comuns ou complementares, incluindo a estrutura de cada indústria e a cultura cinematográfica de cada País e a disponibilidade, em cada País, de instalações destinadas à atividade cinematográfica, mão de obra especializada e locações para filmagens.

Por meio do projeto internacional Brazilian TV Producers (BTVP), a ABPITV e PACT (Producers Alliance for Cinema and Television, que representa produtores independentes no Reino Unido) articularam a participação de 18 produtoras britânicas no RioContentMarket, maior evento de conteúdo audiovisual da América Latina. Também foram realizaram encontros de negócios entre representantes da PACT, John McVay e Dawn McCarthy, e membros da Ancine (Agência Nacional do Cinema) e SAv (Secretaria do Audiovisual), em reuniões articuladas pela ABPITV.

A vinda da delegação britânica para o RioContentMarket foi uma das ações estratégicas da entidade, pois o Reino Unido é um dos mercados-alvo da indústria audiovisual brasileira, definidos após estudos da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Apex-Brasil. O Brasil até então não possuía qualquer acordo de coproduções audiovisuais com a Inglaterra.

A Inglaterra é um dos mercados-alvo da indústria audiovisual brasileira e um modelo a ser seguido. No Reino Unido, a Lei de Comunicações de 2003 exigiu que todos os canais abertos reservassem no mínimo 25% de seu tempo de transmissão para “uma variedade e diversidade de produções independentes”.

Em 2009, o horário nobre da TV britânica chegou a ter 50% de produções independentes nos chamados programas originais, isto é, programas inéditos feitos pela própria emissora ou por produtores independentes, o que ajudou a alavancar a produção dos conteúdos nacionais britânicos.

Da Redação em Brasília